Em todos os momentos da História, seja na Antiguidade, na Idade Média, ou no nosso tempo, são as mesmas paixões e os mesmos desígnios que inspiram os humanos. Entender a História é entender melhor a natureza humana.

6 de março de 2012

Entrevista (6)

Extracto da entrevista dada à Joana Dias do Páginas com Memória:

Qual dessas grandiosas personagens históricas a impressionou mais, e porquê?

Pelos motivos mencionados, D. Afonso Henriques. D. Dinis foi um grande rei, mas “limitou-se” a dar continuidade à obra do pai. D. Afonso III tinha posto ordem no reino, fazendo muitas reformas legislativas. E, apesar de não ser poeta, foi ele que introduziu o trovadorismo na corte. D. Afonso Henriques iniciou algo de novo, fundou uma nacionalidade, que, quase 900 anos depois, ainda existe.

E alguma delas a decepcionou do ponto de vista humano? Ou isso não aconteceu?

No geral, não me decepcionaram, pelo contrário: a partir dos factos históricos, julgo ter descoberto facetas sensíveis que ninguém supunha. Mas, já que falamos nisso, penso que D. Dinis me decepcionou um pouco na maneira como lidou com o seu filho e herdeiro. Nessa época, educavam-se as crianças de maneira diferente e era inclusive de bom-tom que monarcas mantivessem uma certa distância, não mostrando os seus sentimentos. Mas não teria ele maneira de evitar que o filho se empenhasse tanto na sua luta contra o pai? Porque beneficiou ele tanto o seu ilegítimo, Afonso Sanches? Penso que, no conjunto da sua obra magnífica, essa foi uma grande falha do Rei Lavrador.



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