Em todos os momentos da História, seja na Antiguidade, na Idade Média, ou no nosso tempo, são as mesmas paixões e os mesmos desígnios que inspiram os humanos. Entender a História é entender melhor a natureza humana.

30 de abril de 2012

Entrevista (8)

Extracto da entrevista dada ao Destante:


MC- Quer fazer-nos uma comparação entre o panorama editorial português e o alemão? Os alemães publicam e lêem mais que nós?

CT- Publica-se muito mais, mas considere que a Alemanha tem 80 milhões de habitantes. E o mercado de língua alemã engloba ainda a Suíça e a Áustria. Nas devidas proporções, o número de publicações deve ser semelhante. O que eu acho é que aqui se publicam muito mais livros informativos (não ficção) sobre todos os assuntos possíveis e imaginários. Em Portugal, traduzem-se mais autores estrangeiros e publica-se mais ficção. Aqui, uma pessoa quer um livro sobre jardinagem e descobre logo umas dezenas, ou até, centenas. O mesmo se passa com todos os temas que imaginemos, seja religião, viagens, medicina natural, psicologia, animais, etc. Se eu quiser ler algo sobre cães, por exemplo, basta-me ir a uma livraria, nem precisa de ser grande, para encontrar, pelo menos, uns 30 títulos diferentes, ainda divididos em subgrupos: educação dos cachorrinhos, treino de cães de caça, informações sobre as raças, doenças caninas, o cão sénior, eu sei lá… E tudo muito actual, nada de livros antigos, com informações ultrapassadas. Além disso, a um preço acessível. Os livros em Portugal são mais caros, sim, e ganha-se menos. Por isso, acho que os alemães estão mais bem informados, têm mais cultura geral. Por outro lado, não me parece que leiam mais clássicos, por aqui também se adora a chamada literatura light.

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