Em todos os momentos da História, seja na Antiguidade, na Idade Média, ou no nosso tempo, são as mesmas paixões e os mesmos desígnios que inspiram os humanos. Entender a História é entender melhor a natureza humana.

11 de julho de 2012

Naquele Tempo (5)


"Apesar de o Direito ser, decerto, a matéria mais cultivada na Universidade portuguesa, os seus professores não alcançaram nunca competência suficiente (ou suficientemente reconhecida) para concorrer com os mestres de Salamanca ou de Bolonha. D. Dinis e D. João I não se contentaram com a consulta dos doutores portugueses. Para questões mais importantes recorreram ambos aos da Universidade italiana, como aconteceu, de resto, com particulares num processo especialmente complicado, em 1408.
Não admira, portanto, que nas outras matérias a debilidade da Universidade portuguesa fosse ainda maior. Esta inferioridade explica, e de certa maneira comprova-se também, pelo facto de os estudantes portugueses, sobretudo aqueles que depois desempenharam papel intelectual, político ou eclesiástico de relevo, terem frequentado preferentemente universidades estrangeiras, sobretudo Salamanca e Bolonha, mas também Paris e Oxford (os franciscanos, pelo menos) e muitas outras universidades italianas."

(Página 207, A universidade portuguesa e as universidades europeias)

2 comentários:

Bartolomeu disse...

Se Miguel Relvas tivesse vivido "Naquele Tempo", estava tramado, nem o facto de ter sido presidente da Assembleia Geral da Associação de Folclore da Região de Turismo dos Templários o tinham salvo de ter de "marrar" para conseguir o canudo.
;))

Cristina Torrão disse...

Pois, ainda não havia as privadas, certas privadas...