Em todos os momentos da História, seja na Antiguidade, na Idade Média, ou no nosso tempo, são as mesmas paixões e os mesmos desígnios que inspiram os humanos. Entender a História é entender melhor a natureza humana.

30 de julho de 2012

Opinião D. Dinis

A Sara Barros escreveu a opinião, o Manuel Cardoso publicou e eu atrevo-me a transcrever alguns excertos:

Cristina Torrão dá-nos uma visão diferente deste monarca: ela tira-o do pedestal e atribui-lhe uma dimensão humana.

Assim, mais do que factos impessoais a autora dá especial destaque à esfera privada de D. Dinis: a relação conturbada com Isabel, tão ascética e tão pouco dada aos prazeres da vida, a relação com o irmão sempre a cobiçar-lhe o trono…

Isabel desce também um pouco do pedestal de Santa é retratada como uma mulher que apesar de tentar suportar tudo com penitência também sente ciúmes e se enfurece, especialmente quando vê que o filho não recebe aquilo que lhe devido…

Em suma trata-se de um romance histórico onde o lado humano é o mais valorizado e por isso nos prende às suas páginas. Não estamos perante figuras distantes que sintam coisas que nos sejam desconhecidas. Estamos perante invejas, pequenos e grandes ódios, amores, traições…

Ler uma opinião destas é muito gratificante, especialmente, agora, que não faço ideia de quando tornarei a publicar. Como já aqui disse, não pretendo tornar a publicar com a Ésquilo e ainda não encontrei uma editora para o meu novo original. Agradeço aos dois, do fundo do coração. Obrigada!


2 comentários:

Imperatriz Sissi disse...

Tenho de ler. Parece ser interessantíssimo. A dinâmica Isabel de Aragão/D.Dinis sempre me despertou a curiosidade. Uma relação tensa, sem dúvida. Por aqui, em Coimbra, é vox populi que a Rainha Santa atende a todos os pedidos dos seus devotos, menos os de amores infelizes, por ter sido ela própria tão desafortunada com o marido...

Cristina Torrão disse...

Uma dinâmica, sem dúvida, interessante. Normalmente, aponta-se D. Isabel como vítima de um marido infiel, mas eu pergunto-me como terá sido estar casado com uma mulher que foi canonizada. Depois, há a questão de, em cerca de 40 anos de casamento, só terem tido dois filhos, numa altura em que não havia contraceptivos. Há a versão de que D. Isabel tenha ficado estéril, depois do nascimento do filho (os partos eram complicados), mas terá sido mesmo assim? E há ainda a guerra civil, D. Dinis esteve em guerra contra o próprio filho, seu herdeiro, durante cerca de cinco anos (os últimos da sua vida)! Não há dúvida de que se tratava de uma família, no mínimo, interessante.
Dá pano para mangas. Eu dei apenas uma versão ;)