Em todos os momentos da História, seja na Antiguidade, na Idade Média, ou no nosso tempo, são as mesmas paixões e os mesmos desígnios que inspiram os humanos. Entender a História é entender melhor a natureza humana.

19 de setembro de 2012

Afinal, de quem é a culpa?

Depois de tudo o que tenho lido na blogosfera e nas notícias sobre o governo, o primeiro-ministro, a coligação, a TSU, a ira dos portugueses e todas as peripécias políticas lusas, a que se junta agora o facto de que mais de metade dos deputados também trabalha para o privado (e sabe-se lá o que ainda estará para vir) apetece-me fazer minhas as palavras da Helena Araújo:

«Há que deixar a Angela Merkel em paz. Isto não está para bodes expiatórios - outro sofá do nosso descontentamento. Este é o momento de identificar os verdadeiros responsáveis da miséria e exigir-lhes responsabilidades».

Nada como estar de fora, para ter uma ideia mais objetiva da situação.

E, se os portugueses (no qual me incluo, que sou portuguesa) não estão em condições de gerir o país que têm, são bem capazes de precisar de quem os ponha na ordem!

4 comentários:

Imperatriz Sissi disse...

Sou toda a favor de importar ministros capazes, que era o que se fazia noutros tempos. Mas a incapacidade dos portugueses não desculpa a detestável atitude alemã. Um horror.

Cristina Torrão disse...

Sissi, concordo que a Merkel teve atitudes exageradas e que ela vê números em vez de ver pessoas. Mas rejeito a ideia de que ela pretende controlar a Europa, como o pretendeu um seu antigo compatriota(e, talvez, nem tanto, pois era austríaco).

Portugal assumiu um compromisso com a UE, foram assinados tratados por todos os países, que se comprometeram a respeitar certos parâmetros. Não ficou é previsto o que acontece quando há desvios. Quem controla? Como se resolve? Como se age com os países que não cumprem aquilo que assumiram?
A Merkel tomou a inciciativa e admito que é uma situação delicada, já que os seus parceiros europeus são países autónomos, com soberania própria. Mas qual era a alternativa? Deixar afundar o euro? Deixar a inflação tomar conta de toda a Europa? É isso que ela está a tentar evitar.
Se se trata de uma cruzada inglória, isso já é outro assunto. E também duvido que seja preciso criar tanta miséria nos países ditos "não cumpridores". Mas, nesse caso, serão os governantes desses países que terão de encontrar soluções. Serão os governantes desses países que terão de fazer frente à Merkel, apresentando soluções alternativas.
Culpá-la pelo estado a que chegámos é que não!
Procuremos as verdadeiras causas dos nossos problemas, em vez de tentarmos arranjar bodes expiatórios!

Anónimo disse...

Muito bem dito!

Cristina Torrão disse...

Obrigada.