Em todos os momentos da História, seja na Antiguidade, na Idade Média, ou no nosso tempo, são as mesmas paixões e os mesmos desígnios que inspiram os humanos. Entender a História é entender melhor a natureza humana.

19 de outubro de 2012

O Encantador de Cavalos

Devido a críticas pouco favoráveis, só recentemente vi este filme, realizado e protagonizado por Robert Redford, em 1998. E tenho a dizer que as críticas estavam corretas. O enredo é previsível e contém incongruências; Robert Redford é velho demais para o papel que desempenha; Dianne Wiest também não está bem no seu papel de esposa de rancheiro, dando mesmo a impressão de o fazer com ironia, quando se pedia seriedade; há bastantes clichés sobre a vida no campo versus vida na cidade.

No entanto, tenho a dizer que gostei! E não só pelas excelentes paisagens de Montana. Este filme é honesto no seu propósito de contribuir para a harmonia entre humanos e animais. Trata os cavalos com respeito e dignidade. Tiro o meu chapéu a Robert Redford, que o conseguiu, sem cair na tentação de nos mostrar animais com capacidades fora do normal. O cavalo ali retratado é simplesmente isso: um cavalo.


Além disso, o filme também não nos mostra milagres. Mostra, sim, que qualidades como paciência, respeito e perseverança nos ajudam a atingir o nosso objetivo e nos tornam mais felizes. Mostra-nos como os animais nos podem tornar mais felizes; que a felicidade suprema pode estar no cavalgar um cavalo que amamos. Isso não é demagogia, nem cliché, é mesmo verdade! E é-nos transmitido, no fundo, sem grandes dramatismos.


Uma última palavra para certos diálogos bem conseguidos, quando se trata de sarar feridas e transpor obstáculos entre relações humanas, principalmente, a forma como a personagem de Robert Redford devolve a confiança e a auto-estima à jovem traumatizada pelo acidente (a Scarlett Johansson, bem novinha).


Tudo isto nos ajuda a passar por cima do enredo fraco, com cenas desnecessárias, algumas tornando-se patéticas. Ou seja: as melhores cenas são mesmo aquelas em que o cavalo é a personagem principal.




3 comentários:

Clara Fernandes disse...

Concordo com isso tudo que escreveu. Já vi esse filme há algum tempo mas é essa a ideia que tenho!
Obrigada por visitar o blogue da Nucha! A sua cadelinha também é linda, linda! Já actualizei. Só tenho tempo para isto ao fim de semana. Escrevo o que posso e guardo e depois vou colocando as postagens. Doravante quero ver se todas as semanas escrevo pelo menos uma vez a contar as novidades!

Unknown disse...

Gostaria de comprar o livro, mas nao sei se foi traduzido para o portugues e tbem nao consigo acha-lo. Alguem possui o livro?

Cristina Torrão disse...

Não me parece que haja tradução portuguesa. O escritor chama-se Nicholas Evans. Na Wook, encontrei a versão francesa (L'Homme Qui Murmurait À L'Oreille Des Chevaux) e a inglesa (Horse Whisperer). Na Bertrand online só encontrei a inglesa.
Se houvesse versão portuguesa, com certeza que estas duas conhecidas livrarias online teriam o livro.