Em todos os momentos da História, seja na Antiguidade, na Idade Média, ou no nosso tempo, são as mesmas paixões e os mesmos desígnios que inspiram os humanos. Entender a História é entender melhor a natureza humana.

27 de janeiro de 2014

Um outro ponto de vista

Nasci no concelho de Armamar em 1943. Em 1957, já na cidade do Porto, aguardava completar 14 anos de idade para poder frequentar o ensino nocturno, enquanto trabalhava de dia.
Depois de estar já a estudar, o que mais me entristecia, enquanto trabalhava, era presenciar o cortejo alegórico estudantil prenhe de alunos muito alegres, enquanto eu, já muito cansado, ia a pé, chovesse ou não, para as aulas nocturnas, pois só estudei de dia até à quarta classe.
À noitinha, depois de sair do trabalho às 19 horas, só jantava lá para depois das 22 ou 23 horas, após sair das aulas.
Aos poucos fui constatando que tais afortunados, que iam todos os anos nesses cortejos, só ‘desciam à rua’, junto ao povo, nessas alturas.
Depois, para os vermos, teríamos de pagar a consulta.


Texto de José Amaral, que pode ser lido na íntegra aqui.


2 comentários:

Bartolomeu disse...

Existem duas classes preponderantes no nosso país; a dos políticos e a dos clérigos. Em ambos, encontramos este padrão comum...

Cristina Torrão disse...

Mas que par de jarras, Bartolomeu ;)