Em todos os momentos da História, seja na Antiguidade, na Idade Média, ou no nosso tempo, são as mesmas paixões e os mesmos desígnios que inspiram os humanos. Entender a História é entender melhor a natureza humana.

3 de dezembro de 2015

O Espinho de São Paulo

Imagem daqui
"E para que eu não ficasse vaidoso com a grandeza dessas revelações, foi colocado no meu corpo um espinho, um enviado de Satanás que me atormenta continuamente. Isso impede que eu me envaideça. Por três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Mas ele respondeu-me: «Basta que tenhas a minha graça. Pois a minha força manifesta-se melhor nas fraquezas.» Por isso, acho muito melhor orgulhar-me das minha fraquezas, para que a força de Cristo desça sobre mim. Alegro-me, portanto, com as fraquezas, as injúrias, as privações, as perseguições e as angústias que passei por amor de Cristo. Pois quando me sinto fraco, então é que sou forte".
2 Co 12,7-10

Esta passagem da segunda Carta aos Coríntios faz os teólogos pensarem que São Paulo carregaria uma doença que lhe causava muito sofrimento. Ele interpreta-a como um espinho que lhe terá sido colocado no corpo pelo diabo, deixando, porém, em aberto a que tipo de sofrimento, ou de deficiência, estaria sujeito. Teólogos atuais deduzem que seria uma doença crónica que lhe causava dores fortes e talvez fosse o resultado dos perigos decorrentes das suas viagens. Sabe-se que São Paulo esteve várias vezes em risco de naufrágio, que foi chicoteado e apedrejado. Porém, como ele refere ter suplicado várias vezes a Deus que o livrasse de tal espinho, outros teólogos pensam que se poderá ter tratado de um mal psicológico que ciclicamente o atormentava. Também há quem ponha a hipótese da epilepsia, ou simplesmente de uma grande tentação contra a qual ele energicamente lutava.


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