Em todos os momentos da História, seja na Antiguidade, na Idade Média, ou no nosso tempo, são as mesmas paixões e os mesmos desígnios que inspiram os humanos. Entender a História é entender melhor a natureza humana.

20 de janeiro de 2018

Comer Carne


Não é preciso muita carne para se comer bem.


«Comer e ser comido, condição essencial para a evolução» - esta frase, com toda a verdade que encerra, não justifica a maneira lastimosa como mantemos os animais que servem para a nossa alimentação, na produção industrial de carne.

Não contestando o facto de comermos carne (não sou vegetariana) condeno veementemente as condições em que são mantidos os animais. E, se me dizem que hoje tem de ser assim, para alimentar os biliões de humanos, então eu digo: reduza-se a quantidade de carne que comemos! Li algures que um terço da carne produzida acaba no lixo. Se prescindirmos de um outro terço, chegamos à conclusão de que necessitaríamos apenas de um terço daquilo que é produzido. Ninguém morre à fome, limitando o seu consumo de carne, pelo contrário: é um bem que fará à sua saúde!

Comer e ser comido só é condição essencial para a evolução na vida selvagem. Na nossa civilização, nós próprios manipulamos a criação de animais. Que evolução proporcionamos nós aos porcos, aos bovinos e às aves que mantemos em condições catastróficas, provocando-lhes sofrimento sem fim?

Os humanos sempre foram omnívoros, ou seja, comem de tudo. Não há razão nenhuma para que a carne seja o alimento principal. Há muito que a maior parte de nós não se alimenta de animais que andam à solta, no seu habitat, e o mínimo que devemos fazer é manter os que nos são úteis em condições dignas, sem lhes inflingirmos sofrimento gratuito.

Não continuemos a fechar os olhos e a fugir às nossas responsabilidades!


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