Em todos os momentos da História, seja na Antiguidade, na Idade Média, ou no nosso tempo, são as mesmas paixões e os mesmos desígnios que inspiram os humanos. Entender a História é entender melhor a natureza humana.

23 de junho de 2024

Dia em França

Primeiro, vamos ao Palácio de Versailles comer morangos com chantilly. Depois, deixamos as crianças no Parc Astèrix e vamos a Limoges escolher a louça. Ao fim da tarde, lemos um livro de Balzac, enquanto apreciamos um "cognac". À noite, vamos dançar à La Chignolle (não conheço, mas soa divertido).
 
Atenção às placas!
 
 
 
 
 

6 de junho de 2024

Memórias da revolução

Tive esta ideia de escrever sobre o 25 de Abril através dos olhos de uma criança. Estava eu, na altura, a três meses de completar os nove anos e escuso de referir o impacto causado na minha vida e na da minha família.

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Não sei se A Revolução da Verónica transmite fielmente os acontecimentos. Afinal, já decorreram cinquenta anos e é sabido o tempo lançar-nos algumas armadilhas. Costuma dizer-se que não recordamos aquilo que se passou, mas o que julgamos ter-se passado. Por isso, a miúda protagonista não leva o meu nome. Porém, entre memórias, armadilhas e alguma ficção, penso que estas páginas transmitem a essência das vivências de uma criança e do esforço de adaptação aos novos tempos, surgidos, literalmente, da noite para o dia.

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A Revolução da Verónica abrange o período entre 1973 e 1975. Não podia faltar o Verão, de facto, quente, em que completei os dez anos e em que fui, pela primeira vez, ao Algarve e a Lisboa. Nem tão-pouco podia faltar o "Outono Quente", do Norte. Afinal, vivíamos paredes meias com o RASP, em Vila Nova de Gaia. Sei, de facto, o que é estar em casa e ouvir rajadas de G3, a menos de cinquenta metros de distância, consequência da troca de galhardetes entre as forças enviadas por Pires Veloso e os SUV, infiltrados no quartel.

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O livro inclui ainda um pequeno conto, A Festa da Revolução, esse sim, ficção pura. Além de referir o lado folclórico do 25 de Abril, centra-se nas vivências de uma adolescente da altura e nas consequências catastróficas, trinta anos mais tarde, geradas no contraste entre a mentalidade antiga e a mudança repentina.

A Revolução da Verónica está à venda na Feira do Livro de Lisboa, nos stands C19 e C20 (Dinalivro). Se ficaram curiosos e passarem por lá, talvez até peguem no livro, a fim de decidirem se o compram, ou não. Declaro-me, desde já, agradecida por esse simples gesto.

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Nota: A Revolução da Verónica está igualmente à venda na livraria UNICEPE, na Praça de Carlos Alberto, no Porto.