De Pedro Almeida Vieira, tinha já lido O Profeta do Castigo Divino e Corja Maldita, nos idos de 2012/2013. Ao contrário desses dois romances históricos, Assim se pariu o Brasil não é ficção. Na contracapa fala-se, porém, de “numa prosa culta mas cheia de humor”. Pode-se escrever um livro sobre factos históricos, usando humor?
Enfim, não conhecer a História do Brasil colonial ajudou à minha decisão de comprar o livro. Demorei, porém, a pegar nele, adquirido já em 2016. E acabou por me surpreender pela positiva.
O ritmo é o de uma narrativa de aventuras e, apesar de realmente se notar um travo humorístico, nunca é manipulador, o que, na minha opinião, se trata de um equilíbrio difícil de conseguir. Assim aprendemos, por exemplo, como o pequeno Portugal conseguiu ganhar tanto território à potência espanhola; como, neste caso, “o tempo dos Filipes” acabou por beneficiar o nosso país; como os colonos portugueses, auxiliados por indígenas e africanos, lograram expulsar franceses e, principalmente, neerlandeses, que se desunharam para arrebanharem o Norte sertanejo e, enfim, onde se explica como o enorme Brasil conseguiu garantir a sua unidade, enquanto as colónias espanholas se desmembraram em vários países.
Ou seja, recomenda-se. O livro contém ainda ilustrações de Enio Squeff.
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