OS ÚLTIMOS MESES
Em outubro de 1324, D. Dinis fez-se ao caminho de Santarém, como de costume. Tinha-se tornado um hábito passar o Natal e o fim do ano naquela cidade, só regressando a Lisboa na primavera. Naquele ano, porém, D. Dinis fora desaconselhado a empreender a viagem, devido ao seu precário estado de saúde. A rainha D. Isabel tratava dele, administrando-lhe pessoalmente os remédios.
Durante a viagem, D. Dinis sentiu-se tão mal, que a rainha mandou chamar o filho D. Afonso, encontrando-se este em Leiria. Depois de uma desgastante guerra civil, o rei e o seu herdeiro haviam assinado as pazes a 26 de fevereiro daquele ano. A guerra terminara, mas os dois continuavam desentendidos, não se falavam e evitavam encontrar-se.
Vendo o pai em tão mau estado, porém, o infante tudo fez para cuidar dele. Com a sua ajuda, D. Dinis chegou a Santarém, onde melhorou um pouco.
Mas o destino do Rei Lavrador estava traçado. Sentindo a morte aproximar-se, fez o seu terceiro e último testamento a 31 de Dezembro. Morreria a 7 de janeiro seguinte, com 63 anos.
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