Em todos os momentos da História, seja na Antiguidade, na Idade Média, ou no nosso tempo, são as mesmas paixões e os mesmos desígnios que inspiram os humanos. Entender a História é entender melhor a natureza humana.
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21 de dezembro de 2010

Weihnachtsmarkt



Uma das coisas que muito me surpreendeu (e agradou) nos meus primeiros tempos na Alemanha foi o Mercado de Natal. Em todas as cidades, grandes e pequenas, realiza-se, durante o Advento, um Mercado de Natal, onde se podem comprar objectos alusivos à quadra, sem esquecer os habituais comes e bebes, que incluem doces, muitos doces. Para quem não sabe, os alemães são grandes comedores de bolos, chocolates e afins.

Na fotografia seguinte podem-se ver Lebkuchen, bolos de especiarias, neste caso, em forma de coração, com dizeres escritos a creme de açúcar. As mensagens variam, agora há, claro, muitos "Feliz Natal" e "Boas Festas", mas também se encontram os "amo-te", "és a minha gatinha" e outras do género.




As fotografias foram tiradas em Stade, a cidade onde vivo, que tem cerca de 40 000 habitantes. Estavam 4 graus negativos, o que não impede que as pessoas andem na rua (um alemão que se preze não tem medo do frio). Este tipo de mercado decorre paralelo ao comércio habitual e costuma acabar por estes dias, antes do Natal propriamente dito.




O Mercado de Natal transmite muito bem a atmosfera desta época, principalmente, quando há neve e faz este frio de rachar. Claro que isto nada tem a ver com as condições climatéricas da terra onde Cristo nasceu, mas o frio, a neve, as luzinhas são, para o bem e para o mal, o símbolo do Natal europeu.




Por acaso, não tenho nenhuma fotografia de uma barraca de Glühwein. Como o próprio nome indica, Glühwein (vinho incandescente, ou em brasa) é feito de um vinho tinto um pouco ácido, assim a dar para o nosso verde, ao qual se juntam várias especiarias (canela, cardamomo, anis, etc.). Pode ainda ter um Schuss (pinguinha) de rum ou um qualquer bagaço. Agora, imaginem o carácter explosivo da mistela. Há quem venha ao Weihnachtsmarkt apenas para beber canecas de Glühwein mit Schuss... Não há frio que resista...

À falta das ditas fotografias, fico-me, para rematar, pelas habituais e inofensivas estrelas decorativas.


29 de novembro de 2010

Advento



Na Alemanha, há muito tempo que católicos e protestantes vivem lado a lado, de modo pacífico. A população divide-se, em partes mais ou menos iguais, entre as duas formas de cristianismo (estou a falar sobretudo de indivíduos de nacionalidade alemã). No norte, a maioria é protestante, no sul, é católica. Como moro na região de Hamburgo, estou "rodeada" de protestantes, a começar dentro de casa, pois o meu marido é luterano.

Os hábitos e as tradições são praticamente iguais e, sendo os alemães surpreendentemente tradicionalistas em certos aspectos, o início do Advento é uma data a assinalar. Ontem foi o primeiro Domingo do Advento. Começa a anoitecer cedo, à hora do café/chá (costuma-se tomar uma dessas bebidas pelas 3/4 horas da tarde, acompanhadas de bolo). No Primeiro Advento, acende-se a primeira vela de quatro, alinhadas num arranjo como o da fotografia, ou em forma de círculo (Adventskranz, ou Coroa do Advento). Todos os Domingos se acende mais uma vela, até chegar às quatro, no último Domingo, antes do Natal.

Eu adoro este hábito. Além de estar a ficar escuro, já faz muito frio. E é confortável, até romântico, acender a primeira vela, enquanto se bebe um chá quentinho. Ontem comemos Stollen, um doce tradicional, também desta altura, com uvas passas pelo meio.





Resta-me desejar a todos um bom Advento!