Em todos os momentos da História, seja na Antiguidade, na Idade Média, ou no nosso tempo, são as mesmas paixões e os mesmos desígnios que inspiram os humanos. Entender a História é entender melhor a natureza humana.

5 de novembro de 2012

Da responsabilidade de ter um animal

A Vespinha fala-nos da responsabilidade de ter um animal:

É quando os meus bichos ficam doentes que me apercebo de que não é qualquer pessoa que pode ter um animal, pois é nessas alturas que eles demonstram que não servem apenas para serem bonitos ou para nos fazerem companhia, que nos lembram que são seres vivos.

Ter um animal não é só alimentá-lo, brincar com ele e dar-lhe festinhas ou levá-lo a passear. É ficar ao lado dele quando está doente (como, no fundo, ele faz connosco), é não olhar à carteira quando é preciso comprar medicamentos ou pagar operações, é estar o máximo de tempo em casa para nos sentir por perto. É levantarmo-nos do sofá de 10 em 10 minutos para ver se está bem, é doer-nos o peito quando temos de lhe administrar medicamentos que sabemos que o estão a incomodar, é sentir um aperto por saber que está triste.

Eu este ano tive a certeza (já por duas vezes) de que posso e devo ter animais.


Quem acha este texto um exagero, não deve levar animais para sua casa. Não estou a criticar, nem a desdenhar, cada um é livre de tomar a sua opção. Mas, quando a tomar, que o faça conscientemente!



10 comentários:

Vespinha disse...

Obrigada por partilhar, Cristina, espero que muita gente leia este texto.

Cristina Torrão disse...

Ia deixar-lhe o link, mas a Vespinha foi mais rápida ;)

Anónimo disse...

Animais sem dono, abandonados ao seu triste destino, é bem pior do que uma deficiente adoção.

Cristina Torrão disse...

Não sei, caro Anónimo, depende muito dos casos. O problema maior de uma deficiente adoção é que ela acaba, muitas vezes, em novo abandono. As pessoas acham o animal engraçado, têm pena e levam-no para casa. Mas, quando ele começa a criar problemas (por estar doente, ou por outro motivo), tornam a abandoná-lo.

Também há quem trate mal o bicho, até quem o torture, ou o mantenha fechado todo o dia, numa jaula mínima. Em casos desses, é difícil de dizer o que será melhor, alguns cães até nem são muito infelizes vivendo na rua, se tiverem quem os alimente, de vez em quando. Pelo menos, têm liberdade. Por outro lado, podem representar um perigo para a saúde pública.

Cada caso é um caso. Eu, de qualquer maneira, sou adepta da adoção conscienciosa.

Imperatriz Sissi disse...

O meu Farinelli, antes de vir para cá, tinha donos que era melhor nunca ter conhecido. Fome, tortura, prefiro nem me lembrar. E o pior? Esses monstros agora têm outro gato, que será abandonado decerto, depois sabe Deus de quê.

Cristina Torrão disse...

Infelizmente, também conheço casos de pessoas que, em princípio gostam de animais, mas, depois, não tratam deles em condições. Acabam por os abandonar e, mais cedo ou mais tarde, tornam a arranjar outro :(

Deve ser uma perturbação psicológica qualquer...

Vespinha disse...

Por muito chocante que seja, embora quem não o ache comparável... o que é pior, uma criança numa instituição onde lhe dão teto, comida e algum carinho, ou uma criança numa família que a viola e nem comida decente lhe dá?

Cristina Torrão disse...

Pois, é isso! Eu penso que se podem fazer comparações dessas porque mostram precisamente a complexidade do tema. É claro que cães, gatos e outros animais não são humanos. Mas também não são objetos, são seres vivos!

estouparaaquivirada disse...

Acabo de perder um dos meus,era muito velhinho, estava cego e com epilepsia era um doce, muito inteligente muito paciente muito tranquilo é uma grande perda uma grande dor e um grande vazio.
Concordo com a Vespinha também tenho a certeza que posso e devo ter animais.
xx
Vim aqui por causa da foto, é um Jack Russel? É lindo.

Cristina Torrão disse...

Sim, é "uma" Jack Russell ;)