Museu de Alberto Sampaio |
Enquanto esperamos por uma longa-metragem, digna de Óscar (na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, por exemplo), venho chamar a atenção para um filme animado sobre D. Afonso Henriques, realizado por Pedro Lino, resultante de uma parceria entre o Museu de Alberto Sampaio e a Câmara Municipal de Guimarães. É mais para miúdos, mas, garanto-vos, também agrada a graúdos. Eu adorei! Em cinco minutos e meio, dá-se conta das etapas essenciais da vida do fundador da nacionalidade. Foi o primeiro filme animado que vi sobre ele e espero vir a saber de mais iniciativas deste género.
Não consegui trazer para aqui o vídeo, terão que ir ao site do Museu. É só usar o link. E quem tem filhos, é mostrar-lhes!
É o que temos. E já não é mau!
A propósito, Cristina; Em S. Pedro do Sul, existem junto ao rio, as ruínas de uma igreja e das primitivas termas. "Venderam-me" a história que D. Afonso Henriques, terá nascido com um atrofio nas pernas que o impediam de andar a pé e de montar a cavalo e portanto, aspirar à sucessão um dia mais tarde.
ResponderEliminarE que terá sido naquelas termas e sobre o altar da velha igreja - que remontaria aos tempos Celtas - que Egas Moniz o terá colocado, operando-se o milagre que livrou o nosso primeiro rei desse condicionalismo.
Sabes se esta lenda tem fundamento?
A lenda existe, mas qual a verdade que está por trás dela, não se sabe. Deu, no entanto, azo a especulações, por exemplo, que Afonso Henriques realmente nasceu aleijado e que Egas Moniz o trocou por um filho dele. O rei que nós conhecemos seria, portanto, não o filho de D. Henrique, mas de Egas Moniz.
ResponderEliminarPõe-se a hipótese de Afonso Henriques ter nascido com um defeito nas pernas, que terá, por qualquer razão, desaparecido (talvez quando começou a andar), mas os historiadores não a consideram muito verosímil, dado os sucessos militares que se seguiram. É mais um mistério à volta dele, que alimentam o mito.
De qualquer maneira, depois do desastre de Badajoz, o nosso primeiro rei foi recuperar para Lafões (a localidade de S. Pedro do Sul ainda não existia, pelo menos, não com este nome, seria Lafões). Tentou conquistar Badajoz em 1169 (tinha cerca de sessenta anos) mas feriu-se gravemente. Caiu do cavalo e partiu uma ou as duas pernas, talvez a anca. Ficou sem andar até morrer, em 1185.
Que bom seria, se a possibilidade de viajar no tempo, fosse já uma realidade.
ResponderEliminarEinstein, deixou a obra a meio.
Já agora, e uma vez que conversamos acerca do nosso primeiro rei e da realidade das lendas, intriga-me verdadeiramente, a forma como Lisboa foi tomada aos mouros.
No "cerco da cidade" de Saramago, é relatado um prodígio, segundo o autor, baseado em indícios verdadeiros. Os quais relatam a aparição na tenda de D. Afonso Henriques, de um um ancião de longas barbas brancas, trajando um longo manto, branco também, que terá indicado ao nosso Rei, o local exacto e a hora em que deveria iniciar a invasão do castelo.
De qualquer modo, estando Lisboa tão fortemente protegida e tendo D. Afonso acabado de conquistar Santarem, parece-nos a conquista de Lisboa, bastante prodigiosa.
;)
vou ver.
ResponderEliminarBartolomeu, eu li esse livro do Saramago, mas já foi há bastante tempo, não me lembrava desse episódio. Penso que ele terá aproveitado elementos de outros acontecimentos. Diz-se, por exemplo, que Jesus Cristo apareceu a Af. Henriques antes da Batalha de Ourique, mas também há uma história com um ancião eremita (na mesma altura), que, salvo erro, a M. Helena Ventura aproveita no seu "Afonso o Conquistador".
ResponderEliminarHei-de aqui falar de Ourique e das conquistas de Santarém e Lisboa ;)
Daniel, bom proveito :)
É interessante, o fenómeno religioso e tudo aquilo que o envolve, especialmente no preciso momento em que as batalhas que determinaram a nossa independência, se iniciavam.
ResponderEliminarNo caso do nosso primeiro rei, mas estranho, na medida em que D. Afonso Henriques se incompatibilizou com o papa e com a igreja.
Às tantas, o poder papal e o poder divino, são coisas completamente distintas, e muitos não o sabem ainda...
;)
Serviço público, Cristina.
ResponderEliminarA nossa história continua a ser uma seca para os miúdos. Uma forma desempoeirada de a dar a conhecer faria maravilhas nas nossas escolas e na nossa auto-estima.
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