Em todos os momentos da História, seja na Antiguidade, na Idade Média, ou no nosso tempo, são as mesmas paixões e os mesmos desígnios que inspiram os humanos. Entender a História é entender melhor a natureza humana.

13 de janeiro de 2012

Naquele Tempo (1)

Andei eu aqui a elogiar Robert Fossier, que escreveu tão bom livro sobre a Idade Média (o que aliás reitero), mas, afinal, temos um autor/historiador nacional que é ainda melhor!


O Prof. José Mattoso é um especialista de qualidade indiscutível. Depois de ler, de sua autoria, os dois volumes de Identificação de um País, os dois primeiros volumes da História de Portugal da Editorial Estampa, por ele coordenada, e a Biografia de D. Afonso Henriques pensei que ele não me poderia surpreender. Mas surpreendeu! Este Naquele Tempo é uma verdadeira maravilha. Dá um prazer enorme a ler (o que, sou sincera, nem sempre acontecia nalguns livros anteriores, liam-se mais pela competência das informações) e tem a vantagem de se confinar ao caso português. Porque há diferenças entre a vida medieval em Portugal e nos outros países.

Naquele Tempo é uma colectânea de ensaios de História Medieval, que focam temas habitualmente ausentes dos livros de História, como as mentalidades, a sexualidade, os usos e costumes. Iniciarei brevemente uma série com citações deste grandioso livro, mostrando uma Idade Média, muitas vezes, bem diferente daquela que imaginamos.

Esta obra mostra que a era medieval, um período que atravessa mil anos de História, possui várias fases. As mentalidades, os usos e os costumes eram bem diferentes na era visigótica, no início da formação da nacionalidade portuguesa e nas épocas de D. Dinis, D. Afonso IV, ou D. João I.

1 comentário:

  1. Sem dúvida, o Prof. José Mattoso é o melhor historiador português e a sua obra é de indiscutível qualidade.

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