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Em meados do ano passado, descarreguei aqui e aqui a minha fúria, ao saber que algumas livrarias davam os meus livros por esgotados, sem o estarem. Entretanto, sei que isso é prática mais ou menos comum, em certas livrarias, não se entendendo como é que o sector livreiro, nesse aspecto, se aniquila a si próprio. Parece-me mesmo obsceno.
Compreendo que, ao ritmo a que os livros são publicados, as livrarias lutem por falta de espaço e se livrem daqueles que vendem menos. Mas porque não dão a possibilidade ao cliente de encomendar o livro? Com as tecnologias actuais, isso poderá ser tudo, menos difícil. Mas, mesmo que não se queiram dar a esse trabalho, que digam algo como: sinto muito, mas já não negociamos esse livro! É bem diferente de dizer que está esgotado!
Desenterro este assunto, depois de ler um post da editora Maria do Rosário Pedreira. A propósito de a Maçonaria ser o tema do momento, ela lembrou-se de um ensaio que publicou há tempos: Na Sombra - Breve História das Sociedades Secretas, de John Lawrence Reynolds. Mas o que me chamou a atenção foi a frase: e, mesmo que lhe digam que está esgotado – os livros nunca ficam tanto tempo nas livrarias –, insista e encomende.
Parecem ser as palavras de ordem: insistir e encomendar! É isso mesmo que aconselho a todos os que procurem um livro que já não se encontra nas livrarias. Porque os livros que não se vendem acabam por ser destruídos. Mesmo que haja gente a procurá-los!
Digam lá se não é de doidos!
Nota (adicionada posteriormente): respondi aos comentários aqui.
Tens toda a razão, Cristina.
ResponderEliminarCom as possibilidades que a informática oferece, é no mínimo ridículo que as livrarias não tomem a iniciativa de se propor encomendar o livro para atender o pedido do cliente. E... quem sabe, fideliza-lo pelo bom atendimento que encontrou.
Fidelizá-lo, é isso mesmo! Por isso digo que o sistema parece aniquilar-se a si próprio.
ResponderEliminarÉ que dizer que determinado livro está esgotado, leva a pessoa a desistir de o procurar, sem encarar outras possibilidades, que passam por ir a outra livraria, ou pela compra online.
Precisamente.
ResponderEliminarMas não achas que cabe também às editoras assumir uma posição veemente quando estes casos sucedem?
Afinal também elas sofrem prejuízo com estas atitudes.
Não tem de ser somente o "negócio" a ser protegido. Apesar de existirem inúmeros autores, são eles que alimentam um mundo de profissões que vai desde a edição ao balcão da livraria.
Por acaso, hoje também me lembrei desse aspecto. Será que há algo que não funciona, a nível de distribuidoras, ou de editoras, no caso de uma encomenda?
ResponderEliminarInfelizmente, tenho (ainda) pouco conhecimento de causa.
Olá Cristina,
ResponderEliminarInfelizmente as "grandes" livrarias padecem do mesmo sintoma das "grandes" superfícies... em alguns aspectos são muito piores a falta de "tacto" de alguns empregados aliada à "suprema" sabedoria do cliente tornam tudo isto num comercialismo feroz (que nem sempre é mau) mas que remete para estas situações muito tristes. Já passei por dilemas similares onde o contorno destas situações foi encomendar livros aos brasileiros... ganharam eles, perdemos nós; de grão em grão ou neste caso na falta dele, é devido a isso que estamos onde queremos estar, nesta crise melancólica profunda.
Receita:
Vão a uma livraria sorriam para o livreiro/a façam dois "dedos" de conversa repitam por mais duas a três vezes no final o atendimento será mais eficiente, mais caro por vezes mas os "amigos" nem sempre são baratos.
um abraço
Para obviar a questas intermináveis de livraria em livraria, encomendo eu própria "online"! Por ex, em www.wook.pt (mas há outros sites). É muito raro não se conseguir encontrar aí o tal livro "esgotado", esgotadíssimo.
ResponderEliminarCristina
Uma livraria média ou grande dá sempre a possibilidade de encomendar.
ResponderEliminarUma livraria pequena foge a sugerir a encomenda porque não consegue gerar encomendas adicionais à editora para não ter de pagar portes, que de outra forma trariam prejuízo à venda.
Uma loja alimentar que também vende livros não se considera uma livraria e consequentemente desobriga-se de sugerir a encomenda.
Finalmente, se a loja ou cadeia de lojas não trabalhar com a editora, fica melhor dizer "esgotado no editor; não podemos encomendar" do que dizer "somos uma livraria mas não temos acesso a todos os livros".
É tão simples aprender estas coisas simples, em vez de criar "fúrias"...
Faltou um parágrafo no comentário anterior:
ResponderEliminarAs "livrarias" pertencentes a cadeias ficam melhor emparelhadas com as lojas alimentares do que com as livrarias independentes.
Obrigada pelos vossos comentários, que me deram, sobretudo, uma visão interessante de certos aspectos. As respostas que tenho para dar merecem um novo post, que publicarei brevemente.
ResponderEliminarP.S. Blogtailors macht's möglich ;)
Olá
ResponderEliminarEu moro em Belém/Pará/Brasil e eu gostaria muito de adquirir o livro Cruz de esmeraldas, como poderia comprá-lo?
Viva!
ResponderEliminarAntes de mais, muito obrigada pelo seu interesse :)
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