Em todos os momentos da História, seja na Antiguidade, na Idade Média, ou no nosso tempo, são as mesmas paixões e os mesmos desígnios que inspiram os humanos. Entender a História é entender melhor a natureza humana.

19 de dezembro de 2011

Peto

Hoje, ao divagar pela lista dos blogues que sigo, deparei com o Peto. E o Peto sobressaiu de todos os outros posts. A figura do Peto, a sinopse do livro e a opinião, escritas com tanta sensibilidade e carinho pela Maria Manuel, do Marcador de Livros, tocaram-me tanto, que aqui vai:


Sinopse:
O Peto apareceu na rua, ainda bebé, e lá viveu durante doze longos anos, comendo dos caixotes do lixo. A certa altura, duas senhoras repararam nele e foram-no protegendo como podiam, dando-lhe comida e água. E ele por ali foi ficando. Foi recolhido duas vezes por pessoas que o voltaram a abandonar porque, afinal, era grande demais ou deixava a casa cheia de pelos. Na sua vida na rua, foi agredido diversas vezes e durante muito tempo teve dificuldade em usar as patas traseiras. Foi também atropelado mais do que uma vez. Chegou a ser esfaqueado na barriga. Tinha Leishmaniose, e por dormir tantos anos ao relento sofria ainda de artrite, passando a ter de tomar medicação quatro vezes ao dia. Foi atacado diversas ocasiões por cães com «donos perigosos» e o seu corpo ficou marcado por várias cicatrizes. Enfrentou duas denúncias de vizinhos, que não o queriam ali. Numa das vezes acabou num canil para ser abatido, como tantos outros cães vadios. Mas foram buscá-lo e ele voltou à sua rua. A sua sorte mudou quando, um dia, Paula, reparou no cão meigo e triste que se arrastava cheio de sangue, terra e pó. Começou por lhe limpar as feridas. Acabou por saber a sua história e seis meses depois, em Novembro de 2005, levou-o para casa e encheu-o de amor. Peto escapou da morte nesse inverno.

A minha opinião:
Esta é a história de um cão de rua sortudo que apanhou pela frente Paula Cairo uma defensora dos animais como há poucas. Foi levado para casa da autora do livro com doze anos e que, apesar de nunca ter tido cães e ter já alguns gatos em casa, não hesitou e acolheu o cão de olhos doces e que precisava de carinho e de cuidados. E até se ter transformado numa grande amizade foi um passo. A partir daí nunca mais se largaram. Peto foi o seu companheiro até à morte deste, aos 18 anos. Por tê-lo adoptado foi olhada por diversas vezes de lado e criticada, teve de mudar de casa porque os seus vizinhos não aceitaram bem aquela adopção, mas mesmo assim Paula não esmoreceu e levou a sua ideia avante: não iria largar Peto. E foram muito felizes juntos, vivendo várias aventuras com outros animais que foram vivendo também nas suas casas.
Também eu adoro animais e não consigo ver ninguém a maltratá-los, mas admiro a coragem da autora e adoptá-los e dar o seu amor pelos seus amigos de quatro patas. Também eu tenho uma gatinha e esta também faz parte da família. É tratada como tal por toda a gente e é assim que deve ser. Infelizmente nem todos pensam assim e a lei não pune os infractores...

Pois, a lei não pune os infractores...

Por aqui, já se vai fazendo alguma coisa. Por estes dias, em Hamburgo, um homem  atirou com um cão Jack Russell Terrier (a raça da minha Lucy) contra a parede, por ele ter roubado um pão que estava em cima de uma mesa. O homem estragou-lhe a anca de tal maneira, que o cãozinho, de apenas um ano, vai ter problemas durante toda a sua vida.
O homem foi condenado, por um tribunal, a pagar cerca de 2.600 euros. Acho pouco!!!

4 comentários:

  1. Olá Cristina, também já li Peto, é um livro tocante...
    A minha filha mais velha (11 anos) lia e chorava! Adora cães.
    Por aqui temos a Miluxa (Pinger)que neste momento dorme ao meu colo :) não passamos sem ela.

    Infelizmente existem muitos animais mal tratados... Os maus tratos aos animais deveriam ser considerados crime...

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  2. A tua filha de 11 anos é muito corajosa, eu ainda não me atrevi a ler livros desse género...

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