Na Alemanha, além dos e-books, existe, há vários anos, uma outra forma de publicação alternativa aos livros de papel, que representa um grande mercado: os audiolivros. Dir-me-ão que nada substitui a leitura, mas, na verdade, há situações em que um audiolivro pode ser útil. O meu marido utiliza-os nas suas viagens diárias de comboio (cerca de 50 minutos) para o seu local de trabalho. Ele tem dificuldade em concentrar-se na leitura, quando há ruído de fundo (como num comboio, ou num café), de maneira que é fã dos audiolivros.
Nem todos os audiolivros se limitam à audição pura e simples do texto, alguns são verdadeiros "teatros radiofónicos", com várias personagens e ruídos apropriados (por exemplo, num romance histórico medieval, o som dos cavalos ou das batalhas).
Acho pena que em Portugal este modo de publicação seja raro. Foi, por isso, com satisfação que li sobre o lançamento do audiolivro de O Senhor Henri, o primeiro dos habitantes do “Bairro” de Gonçalo M. Tavares a entrar no catálogo da editora Boca, numa co-produção com o Teatro Municipal da Guarda, e inaugurando a colecção Boca de Cena, dedicada ao teatro.
O lançamento realiza-se no Teatro Municipal da Guarda, no dia 10 de Dezembro às 21h30, num espectáculo que se escuta, e ao qual se seguirá uma conversa com os editores, e repete no Bartô, dia 14 de Dezembro às 22h, com o mesmo figurino e com a presença de Gonçalo M. Tavares, José Neves, Luís Henriques e Américo Rodrigues, entre outros intervenientes.
Na minha opinião, uma belíssima ideia e um exemplo a seguir!
Via Bibliotecar
Um dia, se puder, hei-de experimentar isso do leovir. Não sei se gostarei, claro, porque quando leio, gosto de ser eu próprio a "dizer" tudo, da maneira que mais agrada, gosto de ser eu a dizer que estou zangado, gosto de ser o criminoso e o polícia, o amante e o amado, o irrequieto e o sossegado...
ResponderEliminarJá tenho tentado ler em voz alta e, para meu desgosto, acho-me horripilento a ler por causa da voz (embora também oiça toda a gente dizer que não gosta da sua própria voz). Também gosto de reler parágrafos (às vezes volto atrás 2 e 3 páginas) e não é o mesmo que andar para trás com os comandos de um aparelho qualquer.
Além disso, acho que nada substitui o cabecear em cima de um livro, quando o sono toma as rédeas nas suas mãos (sim, o sono tem mãos...)
De modos que é assim, bom dia, cara Cristina.
Simão Gamito
Bom dia, Simão. Pessoalmente, também ainda não me atrevi nos audiolivros. Mas acho uma boa ideia, principalmente, em casos destes, ao estilo de um bom teatro radiofónico ;)
ResponderEliminarNão me importo nada de ouvir teatros em telefonia (ouvi muitos, sabe?!) mas é diferente de ler um livro.
ResponderEliminarAcho que é...
Também nunca li uma peça de teatro, tem graça!
Enfim... leovir, um dia talvez experimente...
Simão Gamito
eu confesso que não estou nada tentado :(
ResponderEliminarAlinharia se pudesse escolher a voz que me contasse a estória... :):):)
Manuel, um bom romance histórico, adaptado a "teatro radiofónico", podia ser uma boa alternativa a um DVD, numa viagem longa, de comboio ou de avião (claro que talvez não fosse alternativa ao livro, mas há mesmo pessoas que têm dificuldade em ler com ruídos à sua volta). Um MP3 sempre se transporta melhor do que um leitor de DVDs ;)
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