«Espera-se do filho que cumpra todos os sonhos que os seus pais sonharam, mas que nunca realizaram; espera-se que ele se torne um grande homem e um grande herói na vez do pai, ou que ela consiga um príncipe para marido, como retribuição tardia devida à mãe. A mais precária das aspirações narcisistas – a imortalidade do ego, tão gravemente ameaçada pela simples realidade – é assegurada pela escapatória encontrada no filho. O amor paterno, tão comovente e, no entanto, tão infantil, não é mais do que o narcisismo que ressurge nos pais, o qual, ao transformar-se no objecto desse amor, inegavelmente revela a sua verdadeira natureza».
Sigmund Freud, “On the Introduction of Narcissism”
Via Sed Contra
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