Já tenho reproduzido aqui
excertos de livros que leio e de que gosto particularmente. Porém, nessa minha
procura de citações, tenho verificado algo interessante.
Muitas vezes, num
livro que me agrada, não encontro citações fortes, que causem impacto e que
falem por si. Penso que isso se deve ao facto de que tudo o que está escrito
nesse livro vale pelo seu conjunto, ou seja, o livro é excelente, mas as passagens,
retiradas do seu contexto, perdem a sua força.
Por outro lado, encontro
passagens que me impressionam, no bom sentido, em livros que, no seu conjunto,
não me cativam, ou que me parecem mal estruturados.
Também já verifiquei,
no Facebook (a única rede social que
frequento), que há escritores que publicam frases curtas e muito assertivas,
enquanto outros se limitam a textos banais. O mais curioso é que isso nada diz
acerca da qualidade dos seus livros. Entre os primeiros, há quem escreva livros
que são um bocejo constante e entre os segundos encontram-se obras empolgantes,
que não queremos largar.
O que quer isto
dizer? Que os bons escritores não se notam à primeira vista? E qual é o melhor
escritor? Aquele que escreve frases que nos ficam na memória, ou aquele que
escreve histórias que nos ficam na memória? Ou só é bom escritor quem conjuga
estes dois fatores?
Não posso deixar de
recordar uma passagem da entrevista que António Mota deu à “escritores.online”:
Sem comentários:
Enviar um comentário