Em todos os momentos da História, seja na Antiguidade, na Idade Média, ou no nosso tempo, são as mesmas paixões e os mesmos desígnios que inspiram os humanos. Entender a História é entender melhor a natureza humana.

21 de janeiro de 2017

Bons escritores + bons livros = citações bombásticas?



Já tenho reproduzido aqui excertos de livros que leio e de que gosto particularmente. Porém, nessa minha procura de citações, tenho verificado algo interessante.

Muitas vezes, num livro que me agrada, não encontro citações fortes, que causem impacto e que falem por si. Penso que isso se deve ao facto de que tudo o que está escrito nesse livro vale pelo seu conjunto, ou seja, o livro é excelente, mas as passagens, retiradas do seu contexto, perdem a sua força.

Por outro lado, encontro passagens que me impressionam, no bom sentido, em livros que, no seu conjunto, não me cativam, ou que me parecem mal estruturados.

Também já verifiquei, no Facebook (a única rede social que frequento), que há escritores que publicam frases curtas e muito assertivas, enquanto outros se limitam a textos banais. O mais curioso é que isso nada diz acerca da qualidade dos seus livros. Entre os primeiros, há quem escreva livros que são um bocejo constante e entre os segundos encontram-se obras empolgantes, que não queremos largar.

O que quer isto dizer? Que os bons escritores não se notam à primeira vista? E qual é o melhor escritor? Aquele que escreve frases que nos ficam na memória, ou aquele que escreve histórias que nos ficam na memória? Ou só é bom escritor quem conjuga estes dois fatores?

Não posso deixar de recordar uma passagem da entrevista que António Mota deu à “escritores.online”:



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