FUNDAÇÃO DO MOSTEIRO DE ODIVELAS
Imagem Câmara Municipal de Odivelas
Faz hoje 730 anos que D. Dinis fundou o Mosteiro feminino cisterciense de Odivelas.
A 27 de fevereiro de 1295, deu-se lugar à cerimónia do lançamento da primeira pedra do mosteiro de São Dinis, em Odivelas, uma planície atravessada por um riacho e entre três pequenos montes: Luz, Togais e São Dinis. Seria construído um imponente edifício, que abrigaria cerca de oitenta monjas pertencentes à Ordem de São Bernardo, tal como os frades de Alcobaça.
Dinis presidiu à cerimónia, juntamente com a rainha e os dois filhos, e doava ao mosteiro todos os bens que possuía em Odivelas: vinhas, pomares, hortos, moinhos e azenhas, além de uma capela, casas e edifícios, onde a comunidade viveria durante a construção do convento. Também lhe doava outros bens na Charneca, em Pombeiro, Xabregas e Alenquer, incluindo o padroado da igreja de Santo Estêvão daquela vila. E, abrindo uma exceção nas leis de desamortização que ele próprio promulgara, autorizava a nova instituição a herdar os bens de raiz das suas monjas.
No seu discurso, o monarca referiu que aquele mosteiro seria construído
especialmente em honra e louvor de São Dinis e de São Bernardo, pelas nossas almas e dos Reis que antes de nós foram, e em remissão dos nossos pecados e dos nossos sucessores, fundamos e fazemos de novo em a nossa câmara de morada, que nós havíamos no termo da nossa cidade de Lisboa, no lugar que é chamado de Odivelas.
(excerto do meu romance)
Conforme foi seu desejo, D. Dinis foi sepultado neste mosteiro. Há cerca de dez anos, foi chamada a atenção para o avançado estado de degradação em que se encontrava o túmulo. Criou-se a página do Facebook Vamos salvar o túmulo do rei D. Dinis, iniciativa que deu frutos. Não só o túmulo foi restaurado, como foi possível fazer a reconstrução facial do Rei Lavrador. Estão programadas mais revelações sobre ele, ao longo deste ano.
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