Em todos os momentos da História, seja na Antiguidade, na Idade Média, ou no nosso tempo, são as mesmas paixões e os mesmos desígnios que inspiram os humanos. Entender a História é entender melhor a natureza humana.

29 de janeiro de 2011

Nem de propósito

A propósito de Prémio Nobel e fama mundial (de que falava no post anterior), o Jornal de Notícias acaba de publicar um artigo interessante, do qual cito uma passagem:

A ideia de que o Prémio Nobel da Literatura é um passaporte para a imortalidade está longe de ser exacta. Tal como autores tão essenciais como Jorge Luis Borges, Vladimir Nabokov, James Joyce ou Henry James não necessitaram do galardão atribuído pela Academia Sueca para ascender ao Panteão das Letras, não faltam exemplos de escritores distinguidos com o "prémio dos prémios" há muito caídos no esquecimento.

E eu, que moro na Alemanha há dezoito anos, estou à vontade para afirmar que também o “nosso” Nobel Saramago não é conhecido a nível mundial como se possa pensar. Está longe de ter a fama de um Vargas Llosa, por exemplo.

7 comentários:

  1. Tens toda a razão. O povo, que sou eu, desconhece a maior parte dos Nobel.

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  2. Há escritas e escritores que "penetram" menos nos gostos do povo e que não atingem audiências globais.
    Cumps

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  3. Sim, no fim, o público é quem decide. A opinião da editora, é uma coisa, a do público, é outra.
    E há ainda escritores que, devido aos temas sobre os quais escrevem, são bem aceites em determinados países e menos bem noutros.
    É curioso verificar que, por exemplo, a obra de Saramago mais apreciada na Alemanha é o "Ensaio sobre a Cegueira", enquanto que o "Memorial do Convento", tão apreciado no nosso país, não encontra aqui tão boa aceitação.

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  4. De qualquer forma, um Nobel dá sempre jeito...

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  5. Concordo.

    Ainda assim, e justamente na Alemanha, tive há anos uma surpresa muito engraçada, em Munique. Era domingo e a cidade estava coberta por um enorme nevão. Fomos jantar a um restaurante famoso, o Kay's Bistro, que infelizmente já não existe. Éramos os únicos clientes e acabámos por conversar imenso com o empregado que nos atendia,um polaco muito novo, não devia ter mais de 25 anos. Ao saber-nos portugueses desatou a falar da sua enorme paixão por Saramago, de quem tinha lido tudo, absolutamente tudo o que tinha encontrado traduzido.

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  6. Uma boa notícia, Teresa. Ainda não encontrei tão grande fã do nosso Nobel, mas é bom saber que existem :)

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