(Evangelho segundo São Mateus, 23,3)
Segundo São Mateus, já Cristo chamou a atenção para o facto de haver pessoas, neste caso, os fariseus, que fazem o contrário daquilo que dizem. Infelizmente, pais educadores e professores não fogem à regra. E como querem os pais filhos bem educados, se eles próprios não dão o exemplo?
Uma autora alemã, Gundula Gause, num livro em que dá conselhos de educação, diz o seguinte:
O melhor método de transmitirmos boas maneiras aos filhos é através do exemplo. Todos devíamos cultivar valores como o bom comportamento, a amabilidade, a pontualidade, a solidariedade e o respeito. Não devemos, aliás, repreender os filhos diante dos outros, mas fazê-lo mais tarde, com calma.
Num jornal católico alemão, são apresentados testemunhos de crianças sobre a contradição em que os pais, educadores e professores, muitas vezes, caem:
O meu pai diz-me sempre que não devo começar a fumar, mas ele fuma. E nem pensa em deixar.
Os pais dizem sempre que devemos usar capacete ao andar de bicicleta, mas, quando os meus pais andam de bicicleta, nunca usam capacete.
A minha mãe zanga-se sempre quando está a falar e nós a interrompemos. Mas ela está sempre a interromper-nos, quando falamos.
Os idosos dizem sempre que são os jovens que devem cumprimentar e não o contrário. Mas, quando nós cumprimentamos muitos dos idosos da nossa vizinhança, a maior parte não responde, alguns até olham para o lado.
A minha mãe diz-me que não devo ver tanta televisão, mas ela vê muito mais do que eu.
Um professor disse-nos, uma vez, que não queria ouvir nunca a palavra "merda". Mas uma vez, quando tentava mostrar-nos um vídeo e a televisão não funcionava, berrou: "Mas que merda é esta?"
O meu pai diz: "Vai tirar a louça da máquina", ou "Vai ajudar a tua mãe!" Ele próprio, no entanto, nunca ajuda.
Nas minhas observações do dia-a-dia constato, muitas vezes, que há pais que julgam não precisarem de educar os filhos, limitando-se a dar-lhes um tecto e a alimentá-los.
Sirvamos de exemplo! E lembremo-nos, todos os dias, de que educar crianças não é nenhuma brincadeira de crianças!
Aqui está um post corajoso. É de facto difícil educar. É uma tarefa de muitos anos. Mas que vale a pena
ResponderEliminarConcordo, Cristina. Ser pai ou mãe é uma tarefa que exige tempo, disponibilidade, paciência e muito rigor. E sim, é para ser levada muito a sério.
ResponderEliminarBeijinhos
Na vida de hoje em dia, nem sempre é fácil arranjar tempo. Mas, se alguns pais levassem mais a sério a sua missão, já obteriam melhores resultados.
ResponderEliminarainda por cima, como só tenho um, tenho de ir inventado na educação, tipo ir experimentando.
ResponderEliminarDesde que leves a sério a tua missão... Ninguém nasce ensinado, nem ninguém é perfeito ;)
ResponderEliminarMuito importante será as crianças aperceberem-se de que os pais lhes dão importância e aos seus problemas.
Também já tenho lido que, mais importante do que a quantidade de tempo passado com os rebentos, é a qualidade desse tempo. Do género: mais vale meia hora intensiva, a ler algo juntos e a comentar a leitura, do que uma manhã inteira em casa com uma criança sem lhe ligar muito, insistindo que vá brincar sozinha.