Os cães das chamadas raças perigosas só costumam aparecer nas notícias por motivos extremamente negativos. Por isso, resolvi dar a conhecer um caso positivo.
Dylan, um menino alemão de dez anos, está em coma "acordado", desde que nasceu. Não sei se "acordado" é a palavra correta, em alemão diz-se Wachkoma e designa pacientes que, apesar de estarem em coma, têm os olhos abertos, mexem-se e, eventualmente, reagem a certos estímulos. Ninguém sabe se se apercebem, ou não, do que se passa à sua volta.
Os pais de Dylan sentem que não conseguem comunicar com o filho. Mas observam algo extraordinário: o menino parece reagir à cadela Tascha, na família há alguns anos. Tascha contacta com ele com toques de nariz e lambidelas, como todos os cães. E os pais são perentórios em afirmar que o filho reage com manifestações de alegria. Tascha é, assim, o único ser vivo que lhe desperta reações.
O problema é que Tascha é arraçada de American Staffordshire Terrier, uma raça considerada perigosa, e até proibida, no estado de Brandenburgo, para onde a família se mudou. Por isso, as autoridades avisaram a família que a cadela teria de ser entregue ao canil local. Os pais ficaram receosos que o filho sofresse com a separação e, como costuma acontecer nos dias de hoje, o assunto chegou às redes sociais.
Como também é hábito, desenvolveu-se uma grande onda de solidariedade a favor de Dylan e, por consequência, de Tascha. E a história acabou por ter um final feliz: a cadela passou a estar registada na morada de um parente residente em Berlim. Tratando-se de outro estado, em que aquela raça de cães é permitida, e conhecedor da situação de Dylan, o presidente da câmara da localidade onde a família mora declarou-se de acordo com a manutenção de Tascha, desde que lhe apresentem o documento de registo.
Esperemos que o caso fique mesmo por aqui, com este final feliz :-)
Sem comentários:
Enviar um comentário