Em todos os momentos da História, seja na Antiguidade, na Idade Média, ou no nosso tempo, são as mesmas paixões e os mesmos desígnios que inspiram os humanos. Entender a História é entender melhor a natureza humana.

15 de julho de 2011

Esgotado, uma ova!!!

Nos últimos dias, Iceman e João Raposo, dois visitantes deste blogue, expressaram a sua desilusão por estarem interessados em livros meus e lhes terem dito, nas livrarias, que estavam esgotados. Esta informação é falsa. Os livros não estão esgotados, a distribuidora Sodilivros ainda os tem!

É uma falta de respeito, por parte das livrarias, não só em relação ao escritor, mas sobretudo, aos seus clientes, dizerem que um livro está esgotado, apenas pelo facto de, na respectiva loja, já não haver mais nenhum!

Vou, mais uma vez, comparar com a situação na Alemanha, na verdade, parece que, em Portugal, ainda há muito para corrigir. Na Alemanha, quando um cliente vai a uma livraria, pergunta por livro e ele não se encontra disponível nessa loja, o funcionário vai logo consultar no computador se ele ainda está disponível na distribuidora. Se sim, pergunta logo se o cliente o quer encomendar. Em caso afirmativo, o livro chega à livraria no dia seguinte!

Já não peço esta rapidez, apenas que informem convenientemente os clientes! E lhes dêem a hipótese de encomendar o livro, nem toda a gente tem disposição para comprar pela internet.

O meu conselho a todos os que procurem livros meus e levem com a resposta do esgotado: digam que sabem, de fonte fidedigna (podem dizer que da própria escritora) que a distribuidora Sodilivros ainda tem exemplares e perguntem se não é possível encomendar o desejado!

Depois de ter levado com a resistência das editoras, ainda tenho que levar com a das livrarias. Assim, não vamos lá, minha gente!!!

P.S. As livrarias que, no meu conhecimento, deram informações erradas foram duas sucursais da Fnac, a Bertrand do Cascais Shopping e a Bertrand do Colombo.

20 comentários:

  1. É uma vergonha, Cristina.

    Eu tenho pela Fnac um desprezo cada vez maior. Os empregados não sabem, não querem saber, não se interessam. A página deles online abjecta. Procura-se um título, seja um livro, um filme ou um disco, ele até aparece e depois lá vem o inefável estatuto: indisponível.
    E depois admiram-se de que eu prefira dar dinheiro a ganhar à Amazon.

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  2. Pois é, nem para eles sabem ser bons!

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  3. Permitam-me só corrigir a vossa opinião relativamente aos funcionários da FNAC. É certo que deve ser uma excepção, mas há uns dois anos na fnac do Mar Shopping encontrei um caso raro de um jovem que não só conhecia os livros, sabia exactamente onde estavam e ainda me sugeriu um alteração relativamente ao que procurava fundamentando essa alteração.
    É uma excepção, mas ainda existem.

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  4. Deixemos isso, por agora...
    Miúda medieval, aceita um repenicado beijo de parabéns e não te preocupes com quantos fazes *

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  5. Obrigada, fallorca :)

    Ainda bem, Tiago, obrigada :)

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  6. Cara Cristina,

    nos ultimos dias já fui a várias livrarias e a resposta é sempre a mesma: não temos em stock e só uma delas, nomeadamente a Bertrand do Chiado, me questionou se pretendia encomendar, o que, confesso, recusei por ter a esperança de o achar noutras livrarias onde ia ontem.

    O que acho estranho é a Fnac me ter dito taxativamente que não tem em stock e, sobretudo, a editora responsável pela edição, a Esquilo, que me informou estar esgotado e de não o ter na loja. A Bertrand também não tem e a do Chiado foi curioso porque o funcionário via no sistema que tinham os titulo "Afonso Henriques" e "D. Dinis", depis teve longos minutos à procura e, não os encontrando, afirmou que devia ser erro do sistema.

    Em todo o caso ainda me falta ir amanha ao Almada Forum e só depois, caso não ache, vou optar pela encomenda online. O meu interesse em comprar pela Fnac é simplesmente porque tenho uns vales a descontar.

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  7. Mas que odisseia, caro Iceman ;)

    De facto, a resposta da Ésquilo é lamentável. Quanto à atitude do funcionário da Bertrand, também não sei o que dizer. Mas, em princípio, é possível adquirir os livros na loja online da Bertrand (em www.bertrand.pt), pelo menos, eles aparecem como disponíveis.

    Receio que terá de usar os seus vales Fnac com outros livros, pois, mesmo online, os meus encontram-se indisponíveis.

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  8. No meu comentário anterior não o disse, mas a livraria onde comprei o Afonso Henriques foi a Leitura do Bom Sucesso. Em princípio ficaram com o stock deles esgotado mas confirmaram-me que tinham os outros livros noutras lojas do grupo e que poderiam mandar vir. A Leitura faz, creio, parte do grupo Bulhosa e, nos meus tempos de estudante, podia discutir com os funcionários os livros e até os conteúdos.

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  9. Boas!

    Finalmente encontrei o livro, não no Almada Forum, que também estava esgotado, mas na Bertrand das Amoreiras.

    Curioso o que o João Raposo refere sobre o facto de "antes" se poder discutir com os funcionários das livrarias conteudos e titulos.

    Eu ainda "apanhei" trabalhadores (à falta de melhor palavra para os caracterizar) assim, mas "antes" haviam as livrarias pequenas, de rua, cujos proprietários estavam ao balcão e estavam lá porque gostavam do oficio e do livro.

    Hoje em dia, o livro, é um negócio como qualquer outro e essas livrarias praticamente desapareceram e os grandes grupos dominam o mercado. Nessas lojas estão jovens, a maioria estudantes, com ordenados muito baixos e que são explorados de várias formas. Juntando tudo, acho normal um funcionário não saber nem estar muito interessado em saber. Não é dele e só lá está porque precisa de pagar as contas ou de uns trocos para uns copos com os amigos.

    Para falar sobre livros, procuro essencialmente os alfarrabistas e principalmente "A Barateira" na zona do Chiado. Aí sim, procura-se e questiona-se com a certeza que as respostas vão de encontro às nossas expectativas.

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  10. Ainda bem, Iceman, obrigada pela sua persistência :)

    Sim, os livros tornaram-se um negócio como outro qualquer. São um produto, como batatas, artigos de limpeza, cremes, ou doçarias. Mesmo as editoras que ainda se preocupam em publicar livros de qualidade, precisam dos "descartáveis" para sobreviver. Muitas vezes, o conteúdo do livro é o menos importante, o que conta é um nome conhecido (que, às vezes, nem sabe escrever, alguém tem de escrever por ele) e uma capa que dê nas vistas.

    Enfim, são as leis do mercado.

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  11. Por falar em conteúdos maus e nomes conhecidos, convido a olhar a minha última opinião:

    http://nlivros.blogspot.com/2011/07/por-ti-resistirei-julio-magalhaes.html

    É um caso claro de sobrevivência, pois não acredito que um livreiro que sinta orgulho na sua profissão, deixe publicar um titulo de tão mau calibre.

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  12. Li, Iceman, só não deixei lá comentário, por não ser de bom tom, eu, como escritora, falar de um livro que não li. Mas terá razão: será a aposta num autor conhecido, que, pelo menos, por agora, estará com falta de inspiração...

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  13. Cristina, muitos parabéns! Desculpa o atraso, mas dá-me um desconto que eu sou alentejana de gema...

    Beijinhos!

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  14. Cristina,
    Ontem estive na Bulhosa das Torres Gémeas e lembrei-me de perguntar por livros seus. O empregado, muito simpático, encaminhou-me logo para uma estante. Depois não encontrou nada e lembrou-se de que tinha vendido o último dois dias antes.
    Foi para o computador, encontrou noutras lojas e disse que podia mandar vir e que estariam ali no dia seguinte.
    Achei que ia gostar de saber, nem toda a gente é incompetente, e ainda há quem tente ir ao encontro das necessidades do cliente.

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  15. Sim, é bom saber disso, obrigada, Teresa. Pelos vistos, depende muito das livrarias e de quem atende os clientes.

    O Iceman refere, acima, que muitas vezes os funcionários são "jovens, a maioria estudantes, com ordenados muito baixos" e, por isso, não sabem nem querem saber.

    Por acaso, também já me aconteceu numa livraria alemã, agora nas férias, algo parecido. O rapaz que me atendeu foi simpático, mas via-se que não percebia nada daquilo. Encomendei um livro e ele, depois de consultar o computador, disse que não havia. Fiquei muito admirada e reparei, por acaso, que ele escrevera erradamente o nome do escritor, que até é simples: Karl May. Além disso, é muito conhecido aqui na Alemanha, pelos seus livros de aventuras (já um pouco "poeirentos", do séc. XIX). Tive de lhe dizer como se escrevia o nome do autor e, depois, tudo resultou ;)

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  16. Queria deixar um apontamento ao leitor Iceman, que diz que "acho normal um funcionário não saber nem estar muito interessado em saber" por ser jovem e ganhar pouco. Permita-me discordar: acho normal que não saiba - ninguém nasce ensinado-, mas não acho normal não querer saber, mesmo ganhando pouco.

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  17. Cristina, comprei, sem quaisquer problemas, o seu D. Dinis na Barata, que nunca me deixa ficar mal, contrariamente a Bertrands e Fnacs por aí espalhadas.

    Cumprimentos,

    Laura

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  18. Obrigada pela sua partilha, Laura :)

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