Em todos os momentos da História, seja na Antiguidade, na Idade Média, ou no nosso tempo, são as mesmas paixões e os mesmos desígnios que inspiram os humanos. Entender a História é entender melhor a natureza humana.

12 de maio de 2014

Apocalipse!



O calendário Maia estava mesmo errado, não foi em 2012, mas será talvez em 2014. Mas também São João Evangelista se enganou: o apocalipse não veio anunciado pelos tais quatro cavaleiros, mas por uma drag-queen austríaca, vencedora do Grand-Prix Eurovision de la Chanson. E isto exatamente 40 anos depois dos ABBA, que, se não eram drag-queens, pareciam.

«A nossa indignação não tem limites. Ali, já não há homens nem mulheres, apenas neutros. Há cinquenta anos, o exército soviético ocupou a Áustria, mas foi um erro libertá-la, devíamos ter lá ficado» - palavras do deputado russo Vladimir Jirinowski na televisão do seu país.

«(Ao assobiarem as concorrentes russas), os dinamarqueses provaram ser uns porcos. Euro-homos, ardam no inferno!» - palavras de Vitali Milonov, político de São Petersburgo, iniciador da lei anti-homossexual, no Twitter.

«Esta é uma prova da decadência da Europa moderna. Toda a forma de propaganda que anula a diferença entre o homem e a mulher, criando um novo modelo de vida, em que já nem se distinguem os sexos, conduz à destruição total» - palavras de Jaroslaw Kaczynski, antigo chefe do governo polaco, atual líder da oposição.

Nos anos 1960, havia quem dissesse que o Jimi Hendrix era o anti-Cristo. Eu acho que a Conchita Wurst encarna melhor esse papel, um verdadeiro anti é o reflexo do seu modelo. Ora comparem lá!




Nota: afirmações citadas e por mim traduzidas, a partir desta notícia (em alemão)

4 comentários:

Bartolomeu disse...

Nos últimos dias, temos assistido com frequência nas televisões à advertência médica para a restrição ao uso dos antibióticos. Dizem eles que os vírus estão cada vez mais resistentes aos antibióticos e alguns até, reforçam-se através deles.
Ora bem; se os antibióticos perderam a eficácia no combate ao vírus... o melhor é adotarem o provérbio popular «quando não os conseguires vencer, junta-te a eles». Quem sabe um destes dias ponho um vestidinho curto e vou por aí - cantarolando a "Roxane" do Sting, à procura de um par de vírus que me coma?! Roxane... you d'ont have to put on the red light... Roxane... trá la rá lá lá!!!
(és tão parvinho bartolomeuzinho do caráxas)

Cristina Torrão disse...

Adoro a "Roxane" do Sting (ou dos Police)!

Houve uma pequena alteração no calendário das apresentações do livro, Bartô. Vou enviar-te uma mensagem FB assim que possa ;)

Luís Henriques disse...

Esta "situação" mediática veio assinar a certidão de óbito do festival da eurovisão. Este teve a sua época e é algo que actualmente, não só a nível europeu, como a nível nacional (falo de Portugal, claro) é algo que, contrariamente ao objectivo inicial que era divulgar os talentos, passou a divulgar a mediocridade musical a que chamam "estrelas" (veja-se a vencedora deste ano).
cumprimentos,
LH

Cristina Torrão disse...

Não há dúvida de que já lá vão os tempos em que as canções e os intérpretes deste festival alcançavam algum sucesso no mercado musical. A qualidade nunca foi muito grande e é na verdade difícil de explicar como o certame vai sobrevivendo de ano para ano. O certo é que nunca faltam participações, são tantos os países, que se teve de optar pelas tais meias-finais.