«Mas parece-me que se passa qualquer coisa na nossa
sociedade: muitos americanos parecem ter deixado de entender o que um líder
deve ser, confundindo voz grossa e beligerância com firmeza. Porquê? Será a
cultura das celebridades? Será desespero da classe trabalhadora, canalizado
para o desejo de slogans fáceis? Não sei».
São palavras de Paul Krugman, economista
norte-americano, Nobel de Economia em 2008, originalmente publicadas no The New York Times, traduzidas e
publicadas na revista Visão (6 de
Abril de 2017).
Paul Krugman diz que não sabe. Pois eu arrisco dizer
que este não é um problema exclusivo dos Estados Unidos, nem sequer atual. Os
humanos, em geral, sempre confundiram «voz grossa e beligerância com firmeza».
Vivemos de aparências, daquilo que impressiona à primeira vista. Somos muito
manipuláveis e, de vez em quando, aparece alguém capaz de usar na perfeição os artifícios necessários. Dá a ilusão de segurança e de que sabe o que quer.
Adoramos tigres de papel. Mas o problema não é novo e
não aprendemos nada com a História.
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