Há pessoas que vivem numa ilusão permanente. Talvez lhes custe pousar os pés na terra, o que é compreensível. Serão essas pessoas mais felizes? Por vezes, penso que sim, embora ache que, no fundo, tenham de fazer um grande esforço para ignorar a realidade. Por outro lado, levam esse exercício a uma tão grande perfeição, que se torna cada vez mais fácil, com o passar dos anos.
Será, então, melhor viver iludido? Quase diria que sim. Não fosse um grande senão: só é possível construir um mundo de fantasia à custa dos outros, gerando a infelicidade alheia. Há quem se agarre às suas ilusões com unhas e dentes, não olhando a meios, tornando-se implacável na defesa dessa sua estratégia, roubando a luz e a felicidade dos outros. Nem que esses outros sejam os próprios filhos, que constantemente lhes tentam lembrar que existem.
Mais um pequeno texto inspirado pelas perguntas da Alice Alfazema.
Ora aqui tem a Cristina um bom tema para escrever um romance.
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