«É um mundo cruel para as mulheres, este em
que vivemos», dissera-lhe a velha do Serro do Cão.
Jacinta conhecera várias formas de crueldade.
Mas também a Emília, que vivera ao abrigo da família, conhecera crueldades,
outro tipo de crueldades, aquelas com que se modelavam as moças, como se elas
fossem pedaços de barro nas mãos de um oleiro. Não lhes davam voz. Quiçá nem
sequer lhes dotassem o rosto de uma boca.
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