Estátuas de Dom Dinis e Dona Isabel em Leiria |
Faz hoje 735 anos que Dom Dinis e Dona Isabel casaram por
procuração.
O matrimónio de Dom Dinis representou um problema, pois, por
desavenças entre seu falecido pai Afonso III e o clero, o reino de Portugal
esteve sob interdito durante cerca de vinte anos, ou seja, as igrejas
mantiveram-se fechadas, sendo proibidas todas as cerimónias religiosas e os
sacramentos.
Assim que ficou estabelecido o consórcio com Dona Isabel, a fim de quebrar a
supremacia de Castela, Dom Dinis nomeou três procuradores, que, a 11 de Fevereiro
de 1281, representaram, por palavras de presente, o seu monarca na cerimónia de
recebimento de Dona Isabel de Aragão, no Paço Real de Barcelona. Os três
procuradores eram os cavaleiros João Pires Velho e Vasco Pires e o clérigo Dom
João Martins de Soalhães, futuro bispo de Lisboa.
Excerto do meu romance:
Foi então com Grácia Anes que Dinis estreou os restaurados aposentos no Palácio da rua Padelo à Alcáçova. O novo soalho cheirava à madeira fresca, as paredes haviam sido caiadas e guarnecidas de novos tapetes e a alcova real resplandecia de sedas e veludos.
A gentil barregã, porém, não o encantava apenas nos momentos íntimos. Nesse Inverno, viviam-se na corte lisboeta serões cheios de música, poesia e outras atividades de bom gosto: jogava-se o xadrez e outros jogos de tabuleiro, proseava-se sobre falcoaria e organizavam-se caçadas, nas quais as senhoras participavam. Grácia Anes inspirava igualmente os outros trovadores, que disputavam o seu amor platónico.
Dir-se-ia que a corte portuguesa encontrara a sua rainha… Não fosse uma mocinha aragonesa de dez anos, ainda alheia a tais sucessos. Enquanto Dinis vivia o seu romance idílico e os encantos de Grácia Anes eram cantados no Paço Real da Alcáçova, o clérigo João Martins de Soalhães e os cavaleiros João Pires Velho e Vasco Pires encontravam-se em Aragão, a fim de representarem el-rei na cerimónia de casamento por palavras de presente. A 11 de Fevereiro de 1281, no Paço Real de Barcelona, a infanta Dona Isabel de Aragão tornou-se na rainha consorte de Portugal.
Excerto do meu romance:
Foi então com Grácia Anes que Dinis estreou os restaurados aposentos no Palácio da rua Padelo à Alcáçova. O novo soalho cheirava à madeira fresca, as paredes haviam sido caiadas e guarnecidas de novos tapetes e a alcova real resplandecia de sedas e veludos.
A gentil barregã, porém, não o encantava apenas nos momentos íntimos. Nesse Inverno, viviam-se na corte lisboeta serões cheios de música, poesia e outras atividades de bom gosto: jogava-se o xadrez e outros jogos de tabuleiro, proseava-se sobre falcoaria e organizavam-se caçadas, nas quais as senhoras participavam. Grácia Anes inspirava igualmente os outros trovadores, que disputavam o seu amor platónico.
Dir-se-ia que a corte portuguesa encontrara a sua rainha… Não fosse uma mocinha aragonesa de dez anos, ainda alheia a tais sucessos. Enquanto Dinis vivia o seu romance idílico e os encantos de Grácia Anes eram cantados no Paço Real da Alcáçova, o clérigo João Martins de Soalhães e os cavaleiros João Pires Velho e Vasco Pires encontravam-se em Aragão, a fim de representarem el-rei na cerimónia de casamento por palavras de presente. A 11 de Fevereiro de 1281, no Paço Real de Barcelona, a infanta Dona Isabel de Aragão tornou-se na rainha consorte de Portugal.
Dona Isabel era filha do rei Dom Pedro III de Aragão e de Dona Constança da Sicília. A noiva só deu entrada em Portugal cerca de ano e meio mais tarde, sendo as bodas do par real festejadas em Trancoso, a 26 de Junho de 1282.
Dom Dinis e Dona Isabel estiveram quase quarenta e quatro anos casados.
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