O que soa a absurdo revela-se um inesperado bom filme,
realizado pelo austríaco Andreas
Prochaska, conhecido no meio germanófilo, ganhador de prémios.
Um fotógrafo americano, interpretado pelo britânico Sam Riley, chega, nos fins
do século XIX, a um vale perdido nos Alpes austríacos, onde se situam duas
pequenas aldeias. Os habitantes são fechados e hostis, não apreciam
forasteiros. A filha da dona da casa onde o fotógrafo se hospeda estranha ele
saber falar alemão. Ele diz que aprendeu com a mãe, nada mais conta. A
jovem aconselha-o a ir embora, antes da chegada do Inverno, quando o vale fica
isolado pela neve. O forasteiro alega que apenas deseja tirar fotografias.
Imagem daqui |
Com a chegada da neve ao vale, começa uma série de assassínios e é
claro que se desconfia do americano. A jovem censura-o por ele não ter
desaparecido, enquanto teve ocasião. É também esse o nosso pensamento, como
espectadores. Porém, à medida que o filme avança, começamos a nos perguntarmos
se o fotógrafo tem de facto algo a ver com os crimes. O ambiente nas duas
aldeias é sinistro, torna-se claro que guardam um qualquer segredo. E, embora
ninguém conheça o americano, ele parece ter algo a ver com esse segredo.
Imagem daqui |
Mesmo depois de se saber no que consiste o tal segredo (aliás, uma ideia pouco original), mantém-se o suspense, que culmina num tiroteio impiedoso, ao estilo dos melhores Westerns
americanos, com a particularidade de este se dar no meio da neve. Aliás, todo o filme
transmite um frio cortante e a dureza da vida num Inverno rigoroso, quando ainda
não havia um mínimo de conforto.
Imagem daqui |
Sam Riley ficou conhecido pela sua atuação como Ian Curtis no
filme biográfico Control (2007), sobre o
líder da banda pós-punk britânica Joy Division.
Imagem daqui |
Tobias
Moretti, é um famoso ator austríaco, que ficou conhecido internacionalmente através da série Rex, o cão polícia,
na qual desempenhou o papel principal entre 1994 e 1998, abandonando
voluntariamente a série e sendo substituído. Tem feito carreira no cinema e no
teatro.
Embora eu tenha encontrado um cartaz do filme em inglês,
não me parece haver versões dobradas ou legendadas, o que acho uma pena.
Vejo-me obrigada a deixar-vos com o trailer
alemão. Mesmo não entendendo a língua, as imagens são poderosas.
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