Terá sido em Junho do ano de 1278 que Dom Afonso III armou seu filho e
herdeiro, o infante Dom Dinis, de dezasseis anos, cavaleiro,
atribuindo-lhe, de seguida, casa autónoma. Dom Afonso III estava já
bastante doente e sabia-se que não viveria muito mais tempo.
A este propósito, um excerto do meu romance:
Dom
Afonso III tratara da entrega do testemunho durante todo aquele ano de
1278. Dinis fazia parte de uma comissão que regia o reino e que incluía o
mordomo-mor João Peres de Aboim e o chanceler Estêvão Anes, aliás, sob a
supervisão da rainha Dona Beatriz. O velho rei armara o filho
cavaleiro, oferecendo-lhe uma belíssima espada, enfeitada no punho com
duas esmeraldas e dois cristais e contendo na bainha dezasseis rubis e
catorze safiras. Atribuíra-lhe igualmente casa autónoma, ou seja,
cavaleiros vassalos próprios, assim como vários escudeiros, copeiro-mor,
escanção-mor e reposteiro-mor, este último, responsável pelo património
do príncipe.
(…)
Dinis
recebeu ainda joias, pedras preciosas, tecidos finos e objetos de
prata, como escudelas, trinchantes, pichéis, vasos e copos.
(…)
No Outono em que o príncipe completou dezassete anos, o estado de Dom Afonso III piorou.
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