A freguesia do Lombo, vista do Santuário de Balsamão |
«Era com a impressão de entrar num outro mundo que eu,
em criança, chegava ao Lombo, aldeia-natal do meu pai, cujo nome deriva da sua
localização sobre a lombada de um monte, com vista para o Santuário de
Balsamão, a norte, e para a Serra de Bornes, a oeste».
Começa assim Um Outro Mundo, o conto que escrevi para a "Antologia de Autores Transmontanos, Alto-durienses e da Beira Transmontana", publicada pela Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro de Lisboa.
O meu pai é natural da freguesia do Lombo, concelho de Macedo de Cavaleiros, distrito de Bragança. Trata-se de uma aldeia bastante isolada, pois fica a cerca de cinco quilómetros desviada da EN 216, que liga Macedo de Cavaleiros a Mogadouro. Quando eu era criança, a estradeca que levava ao Lombo não estava alcatroada. E, ao tempo da infância e da juventude do meu pai (que tem 80 anos), apenas havia caminhos, pelo meio dos montes. Não havia meios de transporte motorizados, as pessoas iam a pé, ou de burrico, à sede do concelho, a vinte quilómetros de distância. Foi, por isso, uma aldeia sempre muito isolada, até meados do século XX.
Freguesia do Lombo |
A informação na página da Wikipedia, que aponta a paróquia sueva do século VI, denominada Tureco, como origem da aldeia, não está historicamente comprovada. Pouco, ou nada, se sabe da História do Lombo, até meados do século XVIII. Há uma parte mais alta denominada de "castelo", embora não haja, hoje em dia, o mínimo vestígio de uma possível fortificação, ou castro. Confesso que acho a versão Tureco interessante, já que se assemelha ao nome da minha família (Torrão).
Lombo - praça principal |
Devido à sua localização, perto da fronteira, houve, pelo menos, desde meados do século XIX, bastante intercâmbio com o concelho espanhol de Alcanices. Algumas famílias leonesas estabeleceram-se no Lombo, nessa altura. A da minha bisavó Maria Rodriguez, originária da localidade de Fonfria, foi uma delas.
Freguesia do Lombo |
Na última vez que estive no Lombo, em Abril passado, era tempo de tosquia e o meu marido aproveitou para tirar algumas fotografias.
Ninha querida Cristinamiga
ResponderEliminarINFORMAÇÃO
Como deixei escrito no final do quarto texto da saga É DIFÍCIL VIVER COM UM IRMÃO MONGÓLICO fiquei seriamente a pensar em terminar a sua publicação. Isto porque o primeiro episódio teve uma boa aceitação (52 comentários e correspondentes respostas), o segundo ficou-se pelos 20 e o terceiro ainda menos, 18…
O apelo para uma boa polémica só teve uma resposta. A da Nonamamiga.
Escuso de matutar mais no problema: fico-me por este último texto. Continuarei a escrever a saga mas para outra finalidade. Obrigado a todos os que me acompanharam e também a quem o não fez