Em todos os momentos da História, seja na Antiguidade, na Idade Média, ou no nosso tempo, são as mesmas paixões e os mesmos desígnios que inspiram os humanos. Entender a História é entender melhor a natureza humana.

20 de julho de 2012

Alma Rebelde


O romance de estreia de Carla M. Soares, situado em meados do século XIX, conta-nos a história de dois jovens que se curvam à vontade das suas famílias, lembrando-nos que a liberdade pessoal é algo relativamente recente. De um lado, a família nobre, mas arruinada; do outro, a rica, mas sem pergaminhos. Em casos destes, os chefes das respetivas faziam negócios de casamento, dispondo das vidas dos filhos.

Joana e Santiago são assim empurrados para uma união que nenhum deles deseja. Porém, ao travarem conhecimento, a escassas semanas das bodas, agradam-se um do outro. O problema é que esta nova situação é, para eles, tão inesperada, que demora algum tempo até perceberem que o casamento, de negócio desprezível, passa a união desejada.

Tudo parece conjugar-se para um final sem surpresas, do género "casaram e viveram felizes para sempre". Mas, na reta final, Carla M. Soares introduz uma viragem inesperada no enredo, sabendo dosear muito bem o suspense criado.

De leitura agradável, este livro adequa-se a tardes descontraídas de Verão. Porque, às vezes, sabe bem ser antiquado. É como ver aqueles filmes baseados nos livros de Jane Austen. E comover-se. E sonhar...

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Não costumo ser uma "early adopter", principalmente no que respeita a livros. Mas o tema é um clássico, que bem trabalhado se lê sempre com agrado. Despertou-me a curiosidade, até por me recordar histórias de família. Talvez espreite em breve ;)

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