Ia, enfim, entrar no Porto, de que tanto ouvira falar, desde que nascera, e
cujas muralhas, com os seus merlões de remate piramidal, faziam agora parte da
paisagem que a rodeava. Junto com o seu grupo e o resto do povo, subiu a
escadaria incrustada na encosta de granito que,
do cais, dava acesso à chamada Porta das Mentiras.
O
burgo, em si, não era grande. As muralhas, construídas em função da catedral e
da paróquia que a rodeava, não chegavam a ter uma milha de perímetro. A riqueza
e a fama da cidade do Porto deviam-se à atividade mercantil que se desenrolava
nos cais das duas margens do Douro e que envolvia, não só a população local,
como a da vasta região à sua volta.
Embrenharam-se no labirinto de ruelas e vielas, com os
seus cheiros a dejetos. A moça conhecia outro tipo de odores:
os da agricultura e dos animais, que haviam morado no piso térreo da casa
paterna. Mas, nos cheiros próprios dos aglomerados, burgos e cidades,
inexistentes na sua terra, imperavam os dejetos
humanos e as águas inquinadas deitadas pelas janelas, acumulando-se nas vielas,
que só secavam completamente no Verão. E o povo enfiava os sapatos e os socos, ou mesmo os pés descalços, na lama
mal cheirosa.
huuummmmm...e a curiosidade continua a crescer... :)
ResponderEliminarTerminei este fim de semana o seu livro "D. Dinis" que como nos vem a habituar estava muito bom.
Já há novidades para a publicação do próximo?
Beijinhos
huuummmmm...e a curiosidade continua a crescer... :)
ResponderEliminarTerminei este fim de semana o seu livro "D. Dinis" que como nos vem a habituar estava muito bom.
Já há novidades para a publicação do próximo?
Beijinhos
Ana, obrigada pelas suas palavras. Infelizmente, ainda não há novidades.
ResponderEliminarSe for preciso fazermos uma "manif" à porta da editora, conta comigo, Cristina!
ResponderEliminar;)
:D
ResponderEliminarObrigada.