Em todos os momentos da História, seja na Antiguidade, na Idade Média, ou no nosso tempo, são as mesmas paixões e os mesmos desígnios que inspiram os humanos. Entender a História é entender melhor a natureza humana.

4 de julho de 2013

Divagações Abrilinas (14)



Os comunistas, que se diziam defensores da liberdade, menorizavam a importância das eleições, a expressão da vontade do povo. É verdade que se tratava de uma situação especial. Mas, se Álvaro Cunhal estava bem ciente daquilo que dizia, a maior parte dos jovens esquerdistas não o estava. Acreditavam em utopias e pretendiam um corte radical com a sociedade antiga, recusando tudo o que fosse ordem estabelecida.

                        Anda, a gente vai começar
A gente já começou
A gente vai acabar
Aquilo que começou
A gente vai começar

            Era uma dinâmica sedutora. O Portugal de 1975 tornou-se num paraíso para revolucionários estrangeiros, jovens europeus, que vinham à procura de bebedeiras e borgas sexuais. Que os portugueses se tinham libertado de uma ditadura, era o que menos lhes interessava. Eles não faziam ideia do que era uma ditadura.

Centro de Documentação 25 de Abril


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