Força,
força, companheiro Vasco
Nós
seremos a muralha de aço
Era
o verdadeiro culto de uma personalidade, Vasco Gonçalves estava na iminência de
se tornar um «querido líder». Álvaro Cunhal, pelos vistos, não tinha ciúmes,
talvez não visse qual era o mal de, em vez de nos tornarmos na «Cuba da
Europa», nos tornássemos na «Coreia do Norte da Europa». É, no entanto, curioso
verificar que a figura de Vasco Gonçalves inquietava um revolucionário como
Gabriel García Márquez:
[Vasco Gonçalves] «É
o único puritano em quem se pode confiar», disse-me um velho amigo seu, quando
lhe manifestei a minha inquietação pelo facto de o primeiro-ministro só beber
água mineral, mesmo nas festas mais íntimas.
Resta
saber o que tinha o génio da literatura contra a água mineral.
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