As sentenças foram proferidas em Torrellas, a 8 de Agosto. Como combinado, o rei de Portugal, o infante Don Juan e o bispo de Zaragoza Don Ximeno de Luna proferiram a sentença quanto à divisão do reino de Múrcia, estabelecendo o rio Segura como linha divisória, solução que estava longe de agradar a muitos nobres castelhanos, apesar de o mais prejudicado ser um português: o irmão de Dinis! Os senhorios de Elda e Novelda, pertencentes à sua consorte, situavam-se na parte destinada ao monarca aragonês, que os exigia para si próprio, pelo que Afonso e Violante lhos teriam de entregar.
Dinis tentou acalmar o irmão:
- Nada pude fazer para o evitar. Mas o meu genro comprometeu-se a doar-te senhorios de rendimento idêntico em Castela. E sabes que em Portugal, onde igualmente possuis propriedades valiosas, serás sempre bem-vindo!
O irmão limitou-se a encará-lo com o seu olhar amargurado.
Os reis de Portugal e de Aragão e o infante Don Juan de Castela proferiram ainda a sentença quanto às pretensões de Alfonso de la Cerda, que teria de desistir de certos castelos, deixar de usar o tratamento de rei e selo e armas correspondentes. Em compensação, o monarca castelhano comprometia-se a entregar-lhe senhorios que atingissem a renda anual de quatrocentos mil maravedis.
No dia seguinte, Fernando IV e Jaime II aprovaram e aceitaram os termos da sentença, seguindo-se um juramento em que participaram os membros das famílias reais, os representantes das Ordens militares e dos concelhos e os ricos-homens castelhanos e aragoneses. Os monarcas de Portugal, Castela e Aragão declararam-se ainda «amigos dos amigos e inimigos dos inimigos», jurando ainda Dinis e Jaime II amizade para com o rei mouro de Granada, que se fizera vassalo de Fernando IV.
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