Em todos os momentos da História, seja na Antiguidade, na Idade Média, ou no nosso tempo, são as mesmas paixões e os mesmos desígnios que inspiram os humanos. Entender a História é entender melhor a natureza humana.

26 de maio de 2011

Já não se fazem promessas como antigamente...


Deixo-vos com as palavras da Zélia Parreira, autora do blogue Açúcar Amarelo e minha colega no 2711, surgidas como resposta aos comentários a propósito deste post, também de sua autoria:

E afinal, o que nos prometem estes partidos, que andam tão ocupados que não podem perder tempo com estes temas da educação e da cultura?

Alcatrão? Não, porque vamos pagá-lo a vida inteira.

Transportes públicos rápidos e acessíveis? Não, só TGV a preços proibitivos.

Um sistema de saúde eficaz e eficiente? Não, apenas grandes hospitais nas cidades do litoral e o deserto no interior.

Um sistema de educação com qualidade e exigência que forme cidadãos conscientes e informados? Não, apenas grandes centros educativos que produzem cidadãos "certificados" em série, enquanto os miúdos do interior são obrigados a viajar horas e horas sozinhos, de madrugada, para assistirem a "actividades curriculares".

Uma economia forte e saudável, assente no investimento e na produção? Não, apenas uma economia virtual, em que os dinheiros se jogam em instrumentos financeiros completamente incompreensíveis à maioria dos cidadãos e que nos conduzem sempre a uma crise maior do que aquela de onde partimos.

Uma justiça célere e (até é ridículo pedir isto) justa? Claro que não, o poder político não interfere no sistema judicial, apenas cria mecanismos e instrumentos legais que o sufocam.

E por aí fora. O que é que nos prometem? Eu ainda não vi nada a não ser trocas de insultos e acusações. É que já nem se dão ao trabalho de nos prometer nada...

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