Em todos os momentos da História, seja na Antiguidade, na Idade Média, ou no nosso tempo, são as mesmas paixões e os mesmos desígnios que inspiram os humanos. Entender a História é entender melhor a natureza humana.

3 de maio de 2011

Onde Vais, Isabel?



Este foi o segundo livro que li de Maria Helena Ventura, depois de Afonso, o Conquistador. Gostei mais deste, a linguagem não é tão densa, adquiriu uma leveza que torna a leitura mais fluente.

Também é interessante escrever sobre a vida da Rainha Santa sob a perspectiva de um seu servidor, que vem com ela de Aragão e com direito a enredo próprio. Por outro lado, isso afasta o leitor da personagem principal, ou põe-nos na dúvida: qual será ela? Acabamos por nos identificar mais com o servidor aragonês, passando a rainha para segundo plano. A partir do título, eu esperava entrar mais nos pensamentos e nas motivações de D. Isabel.

De resto, é um romance que nos dá imagens vivas da Idade Média. E a qualidade da escrita de Maria Helena Ventura é indiscutível. A aconselhar, sem dúvida.

Uma palavra para a capa, de que gosto muito.

4 comentários:

  1. Olá, também já li esse livro e concordo com o que escreveu acerca da maneira como D. Isabel aparece...Fiquei com a impressão de que o tema mais importante no livro era a influência dos templários na península Ibérica, e, mais tarde, a sua queda...
    É verdade que esta escritora tem um estilo único! :)

    cumps.

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  2. Sim, os Templários são um assunto que fascina muita gente. Há quem diga que está ainda por descobrir o seu verdadeiro papel na fundação do nosso país.

    Também no romance sobre Afonso Henriques, Helena Ventura dá bastante relevo aos Templários, que terão transmitido um segredo ao nosso primeiro rei. Mas, sinceramente, não achei, nesse caso, que o assunto estivesse bem tratado, o segredo acaba por ser algo que em nada influencia o enredo. Já nem me lembro do que era (li o livro há cerca de dois anos).

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