Faz hoje um ano que me estreei na blogosfera, com uma história contada em episódios, que começava assim:
Fui raptado a 21 de Janeiro de 2112, o dia do meu 42° aniversário.
Chamava-se Cloning Adolf e não tinha nada a ver com o que já publiquei em livro. Escrevo sobre a Idade Média e esta aventura situava-se no futuro. Mas também não era ficção científica. Costumo caracterizá-la de comédia satírica, em jeito de caricatura, sobre a ditadura e o racismo. E resumo-a assim:
Um cientista especializado em clonar animais extintos é raptado por uma comunidade de nazis vindos dos quatro cantos do globo, cujo objectivo é dominar o mundo. Metido num bunker, ele deverá clonar o Hitler a partir de um carvãozinho surripiado do local em que o corpo do dito cujo foi cremado.
Já tentei arranjar editora para esta sátira, mas sem sucesso. Uma delas deu, como justificação para a recusa, que era muito exagerada. Claro que sim, afinal, trata-se de uma caricatura! Uma outra disse-me que não bastava querer ser irreverente, era preciso sê-lo. O mais intrigante é que não é minha intenção ser irreverente, apenas proporcionar momentos bem dispostos a quem lê.
O jornalista Pedro Rolo Duarte, porém, achou-lhe piada e recomendou-a no seu programa radiofónico Janela Indiscreta. Também os meus actuais colegas do 2711 (que eu, na altura, não conhecia de lado nenhum) se entusiasmaram com a aventura desde o primeiro momento, dando-me um grande apoio.
Foi uma estreia conseguida. Passado meio ano, quando a história chegou ao fim, aproveitei o embalo para inaugurar estas Andanças. Que já ultrapassaram as 10 000 visitas! Obrigada a todos os que seguiram o Cloning Adolf e me dão a honra de aparecer por aqui.
Deve ser complicado ter que aguentar tiros tão (pouco) certeiros quanto esse da irreverência! Mas, enfim, a hora é de parabéns. La, la, la...
ResponderEliminar... muitos anos de vida!
Mas as editoras respondem-te... já é bom. Eu sempre te disse que devias ter clonado o Sócrates.
ResponderEliminarJá passou um ano? Bolas...
Olha, eu só comecei a vir ao "andanças" ha pouco tempo, mas logo ao princípio, fui "meter o nariz" no Adolf e... a sensação com que fiquei, independentemente da qualidade literária, foi de um ensaio, uma ideia que ficou por terminar, no entanto e como dizes, com um enredo bem disposto e inteligente. Mas, nesta coisa da ficção, ainda existe muito preconceito e, diga-se de passagem, muito pouca capacidade e vontade para "acompanhar" a imaginação do autor.
ResponderEliminarDe todo o modo, salvou-se a experiência e ganharam os leitores!
;)
Não me digas que «desclonaste» o rapaz Adolfo para ele servir o catering do aniversário...
ResponderEliminar(a verificação de palavras está gralhada: «hesticar»)
e muito bem... Já passou um ano.
ResponderEliminarObrigada a todos :)
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