Em todos os momentos da História, seja na Antiguidade, na Idade Média, ou no nosso tempo, são as mesmas paixões e os mesmos desígnios que inspiram os humanos. Entender a História é entender melhor a natureza humana.

12 de outubro de 2011

O Papa e os Verdes

aqui e aqui falei de como a Igreja Católica Alemã toma um rumo ligado à ecologia, seguindo a filosofia da preservação do património que nos foi oferecido por Deus (sem esquecer o respeito que os animais nos merecem).

Bento XVI confirmou essa tendência, na viagem que fez ao seu país natal, em Setembro. No seu discurso perante o Bundestag (parlamento alemão), o Papa elogiou o movimento ecológico alemão dos anos 70, quando jovens se aperceberam de que havia alguma coisa que não estava bem na nossa relação com o Planeta. Nas suas palavras, a matéria não é apenas material para as nossas obras, a Terra possui a sua própria dignidade, devemos ouvir a sua linguagem e responder-lhe coerentemente.


Bento XVI teve o cuidado de afirmar que não estava a fazer propaganda por partido nenhum, nem nunca o faria. Mas é interessante verificar que, depois do discurso, a que se seguiram os cumprimentos, o Papa apertou, em primeiro lugar, a mão do ministro-presidente do estado de Baden-Württemberg, Winfried Kretschmann, pertencente ao Partido dos Verdes. Membros do partido Die Linke (uma espécie de Bloco de Esquerda) chegaram a criticar, com uma ponta de inveja, que Bento XVI não tivesse mencionado o seu empenhamento pela Paz. E isto, apesar de muitos deputados deste partido terem deixado a sala, antes do discurso, em protesto demonstrativo contra o facto de ser dada a hipótese a um líder religioso de discursar no Bundestag.

Tradução portuguesa do discurso de Bento XVI perante o Bundestag.

4 comentários:

antonio ganhão disse...

A Moody's ainda baixa o rating do Vaticano...

Anónimo disse...

Cliquei no seu nome, num blog aqui ao lado e vim ter aqui. :)

É que respondi ao seu comentário sobre as 27 virgens :)) e fiquei com curiosidade. Passe por lá e leia, está lá outra curiosidade.

Cumprimentos,

Simão Gamito

Cristina Torrão disse...

António :D

Já lá passei, Simão ;)

Anónimo disse...

Já vi :))

Simão