O detetive criado por Sir Arthur Conan Doyle continua a inspirar cineastas. Guy Ritchie (também conhecido por ser o ex-marido de Madonna) realizou, em 2009, este filme, com Robert Downey Jr. e Jude Law nos principais papéis. Existe já a sequela, A Game of Shadows, com os mesmos atores.
Achei interessante, mas não posso dizer que tenha gostado. O ritmo é tão acelerado, que quase não temos tempo de raciocinar sobre o que está a acontecer. Dir-me-ão que sou antiquada, mas penso que um ritmo destes não se adequa à época vitoriana. E o enredo entra muito no fantástico, ou seja, o verosímil é sacrificado em nome do espetáculo (o que não corresponde às minhas preferências).
De qualquer maneira, penso que o trabalho do realizador é de louvar, há sequências muito bem engendradas e boas cenas em câmara lenta, acompanhadas de efeitos sonoros a condizer. Além disso, o caráter do detective está bem conseguido. Sherlock Holmes tem um cérebro genial, mas, como pessoa, é difícil de suportar, criando uma relação de amizade/ódio interessante com Dr. Watson, em que há mais ironia do que no original de Sir Arthur Conan Doyle. Ah... E há uma mulher na sua vida!
Como alternativa, podem-se adaptar as aventuras de Sherlock Holmes ao ritmo do século XXI, situando-as na nossa era. Um Sherlock Holmes com telemóvel, GPS e internet? Na verdade, a BBC já produziu essa série, que me agrada bem mais do que o filme de Guy Ritchie.
A série intitula-se simplesmente Sherlock. O detetive é representado por Benedict Cumberbatch e o Dr. Watson por Martin Freeman. Já foram produzidos dois blocos de três episódios cada um. Eu só vi o primeiro bloco, de 2010, pois passou na televisão alemã, e não me consta que o segundo já tenha passado. Todos os seis episódios existem em DVD e Blu Ray. Deixo-vos com um trailer:
Adenda: mais sobre esta série aqui.
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