Excerto do meu romance, respeitante ao terceiro manifesto apresentado por Dom Dinis contra o seu filho e herdeiro, futuro Dom Afonso IV:
Dinis
não descortinava maneira de prever o futuro. Nada mais lhe restava do
que dar o contributo que achava adequado para o findar das calamidades:
apresentou, a 17 de Dezembro, apenas uma semana depois do sismo, o seu
terceiro manifesto, mais violento. Dirigia-o ao concelho de Lisboa, de
quem pretendia, entre outros, apoio militar.
Mais uma vez, relatava os desmandos e violências perpetrados pelos apoiantes do príncipe, muitos deles degredados e malfeitores.
E ia mais longe: escarnecia da intromissão da rainha e do apoio que o
infante havia solicitado a Aragão, pois os que acompanhavam o filho nada
tinham que devessem à rainha e o próprio príncipe nada tinha que viesse
de Aragão, mas sim apenas do rei, seu pai. Concluía, desnaturando o
filho: o Infante, pelas obras em que andou e anda e pelos seus
cometimentos feitos até aqui, e que agora faz atacando o Rei,
desnaturou-se do Rei e da sua terra e dos seus naturais.
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