Em
Portugal viviam-se, à altura, tempos agitados, com Sancho II a não
conseguir evitar o caos provocado por contestações da nobreza e do
clero. A situação atingira tal ponto, que altos dignitários do clero
português se haviam apresentado em França ao pai de Dinis, vendo-o como
única solução para restabelecer a ordem. Lograram obter o apoio do papa
Inocêncio IV, que, numa bula, declarou Sancho II rex inutilis.
Estava traçado o caminho que haveria de levar Afonso III ao trono,
depois de uma guerra civil que culminou com a morte do irmão no exílio,
em Toledo.
A 6 de Setembro de 1245, uma delegação portuguesa jurou, em Paris, obediência ao conde de Bolonha, futuro rei Dom Afonso III, pai de Dom Dinis.
Na
verdade, o pai de Dom Dinis não estava destinado a ser rei, pois era
mais novo do que o irmão Sancho. Porém, durante o reinado de Dom Sancho II, instalou-se a confusão no reino e a delegação que se dirigiu a Paris
exigia justiça e a imposição da ordem, apelando ao irmão do monarca. A
24 de Julho, o papa Inocêncio IV emitiu a bula de deposição de Sancho
II, Grandi non immerito, em que o soberano foi considerado rex inutilis.
O
futuro Dom Afonso III jurou respeitar as liberdades da igreja, mas, na
verdade, envolveu-se numa série de conflitos com o clero, foi inclusive
acusado de adultério e incesto ao casar-se com Dona Beatriz de Castela. A situação culminou com o interdito em Portugal, lançado por Alexandre IV em Maio de 1255.
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