Em todos os momentos da História, seja na Antiguidade, na Idade Média, ou no nosso tempo, são as mesmas paixões e os mesmos desígnios que inspiram os humanos. Entender a História é entender melhor a natureza humana.

9 de fevereiro de 2012

Essa vida de escritor...

À velocidade a que se edita, não admira que a vida dos livros seja curta. Parece que se resume a sete semanas. Por isso, é interessante verificar que um livro encontrou o sucesso ao fim de 25 anos!

Segundo o autor (Michael Morpurgo): "It nearly won a prize but failed (...) It simply was not a book that anyone really knew about or cared about."

Pois é! Até que alguém, há um par de anos, resolveu adaptá-lo ao teatro. Mas a verdadeira glória chegou agora que Steven Spielberg o adaptou ao cinema. O filme foi nomeado para os Óscares e o livro vendeu mais exemplares em 15 dias no Reino Unido do que em 25 anos no mundo inteiro!


Nem sei se deva rir, ou chorar. Quem tem autoridade para decidir se um livro é bom, ou mau? O que é que o público compra? Aquilo de que gosta, ou aquilo que lhe enfiam, em campanhas de marketing?

Diz-se que a esperança é a última a morrer, um ditado que se adequa perfeitamente a essa profissão ingrata que é a de escritor. Horas e horas de dedicação. Perdidas, ou ganhas? Vale mesmo a pena? Alguém vai notar? Alguém vai reconhecer o valor daquilo que produzimos?

Diz-se, ainda, que quem corre por gosto não cansa... Enfim, é bonito verificar que, quando o sucesso chega, o escritor ainda está vivo.

Brindo à saúde de Michael Morpurgo!

5 comentários:

  1. Cristina,
    começo igualmente por brindar ao escritor.
    Responder às questões que coloca neste post é bastante complicado...
    No que respeita à escolha dos leitores e ao seu condicionamento devo dizer que provavelmente acontece um pouco de tudo, sobretudo quando estamos a falar de escritores recentes e pouco conhecidos. Penso, contudo, que os leitores acabam por reconhecer o devido valor de um livro/escritor desde que o conheçam. Parece-me que esta premissa é a determinante mas simultaneamente a mais difícil.
    Já no que toca às horas de dedicação perdidas ou ganhas a melhor pessoa para responder é a própria Cristina... ;)
    Na minha opinião acredito que um escritor tem dois prazeres e que ambos são distintos.
    Um é o prazer de ter escrito uma obra excelente.
    Outro é o gosto de se saber lido e reconhecido.
    Provavelmente o valor que cada criador atribui a cada um destes prazeres será extremamente variável.
    Não sei mais que diga e por isso não digo mais nada!
    Cumps.

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  2. "Afonso Henriques" a filme e já.

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  3. Momentos felizes... horas de sorte.

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  4. André Nuno, sim, escrever já dá prazer, sem dúvida, mesmo que muito pouca gente venha a ler. É uma maneira de libertar energia. Depois de uma página (ou cena) bem conseguida, fica-se com uma sensação de dever cumprido. É muito gratificante.
    Às vezes, quando as coisas não nos saem bem, é ao contrário, sentimo-nos incompletos. Mas só até à próxima correcção ;)

    Daniel, ainda vamos aos Óscares, faz as malas ;)

    António, sorte, sem dúvida! Há horas de sorte!

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  5. dependerá de um golpe de sorte, da visibilidade ou falta dela ou pq alguém conhecido resolve pegar-lhe?

    tem razão nas suas questões, quem define que um livro tem da qualidade?

    bj

    olinda

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