Somos apenas mais uma espécie no
meio de milhões, um ser vivo com determinadas características rodeado por um
infinito de outros seres com um outro infinito de características distintas.
Todas são especiais à sua maneira, todas têm o seu papel a desempenhar neste
complexo ecossistema chamado Terra. E não podemos, de forma alguma,
esquecermo-nos disto. Devemos sentirmo-nos humildes perante a vida que nos
rodeia, pois a verdade é que não fazemos a mínima ideia das capacidades
extraordinárias que essa vida detém. Quem nos garante que a existência daquela
espécie que tratamos como se fosse nada não foi essencial para que a nossa
própria espécie pudesse ter surgido? Nós, que procuramos tão avidamente
distanciarmo-nos das outras espécies que vemos como inferiores, dispensáveis e
que podemos destruir a nosso belo prazer, somos tão semelhantes a elas que nem
imaginamos o quanto. Afirmamos que não somos animais, somos pessoas. Afirmamos
que não temos nada a ver com o porco que esventramos num matadouro. Afinal
somos pessoas, não porcos. Como nos enganamos! O sangue que corre nas veias de
um porco, de uma vaca, de um leão, de um cão, de uma gaivota, de um golfinho é
o mesmo. Só muda o aspecto do recipiente onde este corre. A vida deve ser
respeitada, independentemente do aspecto que adoptou. Afinal, um corpo coberto
de penas não é mais desprovido de vida que um coberto de pelos. E certamente
que um humilde e discreto veado não tem menos vida que um arrogante e
egocêntrico humano.
Em todos os momentos da História, seja na Antiguidade, na Idade Média, ou no nosso tempo, são as mesmas paixões e os mesmos desígnios que inspiram os humanos. Entender a História é entender melhor a natureza humana.
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Muito boa reflexão. Aprendamos a dar valor à vida e a tudo o que integra a natureza da qual somos parte.
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Olinda