Em todos os momentos da História, seja na Antiguidade, na Idade Média, ou no nosso tempo, são as mesmas paixões e os mesmos desígnios que inspiram os humanos. Entender a História é entender melhor a natureza humana.

13 de abril de 2012

Entrevista (7)

Extracto da entrevista dada à Joana Dias do Páginas com Memória:

Iremos ter mais livros seus versando este mesmo tema? Já existem planos para o próximo? Podemos saber algo sobre a figura histórica?

Sim, ficarei neste tema, nomeadamente, no século XII, a época de D. Afonso Henriques, a que mais me fascina. Interessa-me também o povo comum, pergunto-me que impacto tiveram nele acontecimentos como a Batalha de Ourique, a Conquista de Lisboa, ou mesmo o desastre de Badajoz. Felizmente, nos últimos anos, têm surgidos livros sobre a vida privada, como “Naquele Tempo”, do Prof.José Mattoso, ou a “História da Vida Privada em Portugal”, projecto em que participam vários historiadores. O meu próximo livro não terá uma personagem histórica, como principal (como aliás já aconteceu em A Cruz de Esmeraldas), mas alguém que se vê envolvido nos acontecimentos que se deram entre os anos 1138 e 1147. Foi uma época incrível, cheia de mudanças! É esse vibrar, essa espécie de revolução, que eu tenciono reavivar, porque, ao aprendermos a História, é tudo muito seco, do tipo: em 1139, deu-se a Batalha de Ourique; em 1147, D. Afonso Henriques conquistou Santarém e Lisboa. Apenas assim, como se estivesse tudo planeado. Não estava. As pessoas envolvidas não faziam ideia de como essas aventuras iriam acabar, nem sequer nos sarilhos em que se iam meter. Os movimentos que provocaram devem ter sido impressionantes. Imagine a Joana que vivia no Porto, em 1147, e que, um dia, começavam a chegar, ao cais da ribeira, naus cheias de cruzados! Apenas um pormenor, na História, que, no entanto, representou o mudar de vidas inteiras.

Ler a entrevista completa aqui e aqui.

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