Em todos os momentos da História, seja na Antiguidade, na Idade Média, ou no nosso tempo, são as mesmas paixões e os mesmos desígnios que inspiram os humanos. Entender a História é entender melhor a natureza humana.

31 de maio de 2013

Adenda...

... ao post de ontem, que, por motivos técnicos (leia-se: aselhice da autora deste blogue), não foi possível mostrar:



Os meus agradecimentos à Virgínia do Carmo


30 de maio de 2013

Novidades!

Tenho andado sem acesso à internet e, por isso, falhado a visita a blogues que muito estimo e aprecio. Os posts que têm sido publicados aqui no Andanças pertencem a séries que estavam programadas.

Mas hoje encontrei, enfim, ocasião e tempo para vir dar duas novidades.

Nesta pequena cidade transmontana que dá pelo nome de Macedo de Cavaleiros e onde passo a maior parte do tempo quando estou em Portugal, existe uma bonita livraria, a Poética, iniciativa corajosa da Virgínia do Carmo, nestes tempos difíceis.

No próximo sábado, 1 de Junho, pelas 21h15, terei a honra de lá participar numa tertúlia subordinada ao tema Romancear a História: verdade ou ficção? Eu sei que Macedo de Cavaleiros fica fora de mão para a maioria dos curiosos que por aqui passam, mas quem sabe se alguém não aproveitará a oportunidade para visitar o Nordeste Transmontano? Não queria, por isso, deixar de dar aqui esta novidade. E é claro que informarei, depois, sobre como correu o evento, juntando fotografias desse bonito espaço criado pela Virgínia.



A outra novidade é um passatempo D. Dinis, no blogue Morrighan. Será sorteado um exemplar autografado entre os participantes.

Boa sorte!

 

Divagações Abrilinas (9)



Professora, de trinta e poucos anos, casada, com dois filhos… Sem consciência de que vivera numa ditadura!
- Nunca notei que não houvesse liberdade. Eu sempre fiz o que quis!
Não admira que as imagens que se viam na televisão, nos dias imediatos ao 25 de Abril, de pessoas pelas ruas, muito felizes e libertas, em manifestações espontâneas, lhe fizessem confusão.
A situação, em casa da Vera, tornava-se caricata. As crianças tinham obviamente muitas perguntas e o pai debitava verdadeiras sessões de esclarecimento, frente à televisão. Ele sempre gostou de uma plateia perante si, a venerá-lo, o que, aliado à euforia da revolução, contribuía muito para o seu bom humor. O mais interessante é que estas sessões de esclarecimento se dirigiam, não tanto aos filhos, mas à mãe, que tinha tantas, ou mais, perguntas, do que as crianças. Estas acabavam por aprender por tabela. O pai da Vera nunca se teria dado ao trabalho de explicar aquilo tudo se a esposa estivesse dentro do assunto e os únicos a esclarecer fossem os filhos.
Quando Mário Soares e Álvaro Cunhal regressaram do exílio, a senhora disparou:
- Mas quem é esta gente?

Imagem daqui